Folha de S.Paulo

Preços disparam, e alimentos perecíveis somem de mercados

- Luciano Cavenagui Agora

Os preços de frutas e legumes dispararam na Ceagesp. Supermerca­dos não fizeram reajustes, mas alguns itens perecíveis acabaram. Segundo o setor, serão necessário­s 10 dias para a normalizaç­ão dos estoques.

Com a crise de abastecime­nto de alimentos desencadea­da pela greve dos caminhonei­ros, os preços subiram e diversos produtos faltaram nas feiras visitadas nesta sexta pelo Agora.

O maço da alface, que costumava ser vendido por R$ 2, em média, passou a R$ 2,50 e até R$ 3 em algumas barracas que ainda tinham o produto. A batata também pesou no bolso. O quilo da lavada, que custava R$ 3, passou a ser cobrado por R$ 4 e até R$ 5.

A banana também teve acréscimo. De R$ 5 a dúzia foi para R$ 6, em média.

“Verduras e legumes são os produtos mais prejudicad­os, muita gente nem montou a barraca hoje por não ter o que vender”, afirma Antônio Mikaro, 60 anos, que comerciali­za principalm­ente bananas em uma feira na Vila das Mercês (zona sul).

“Fui obrigado a aumentar um pouco o preço, não teve jeito”, admite o vendedor.

Alguns feirantes tentam não reajustar,comoGabrie­lReis,27, que trabalha em uma feira da Casa Verde (zona norte), mas não sabem até quando vão conseguir.

“Eu estou segurando o preço antigo ainda por causa do meu estoque, mas já está acabando. Trabalho com 800 caixas de banana por dia, mas há dois dias tem produto parado no interior”, afirma.

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Ananda Migliano/O Fotográfic­o/Folhapress Prateleira­s vazias em mercado municipal de São Paulo

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