Preços disparam, e alimentos perecíveis somem de mercados
Os preços de frutas e legumes dispararam na Ceagesp. Supermercados não fizeram reajustes, mas alguns itens perecíveis acabaram. Segundo o setor, serão necessários 10 dias para a normalização dos estoques.
Com a crise de abastecimento de alimentos desencadeada pela greve dos caminhoneiros, os preços subiram e diversos produtos faltaram nas feiras visitadas nesta sexta pelo Agora.
O maço da alface, que costumava ser vendido por R$ 2, em média, passou a R$ 2,50 e até R$ 3 em algumas barracas que ainda tinham o produto. A batata também pesou no bolso. O quilo da lavada, que custava R$ 3, passou a ser cobrado por R$ 4 e até R$ 5.
A banana também teve acréscimo. De R$ 5 a dúzia foi para R$ 6, em média.
“Verduras e legumes são os produtos mais prejudicados, muita gente nem montou a barraca hoje por não ter o que vender”, afirma Antônio Mikaro, 60 anos, que comercializa principalmente bananas em uma feira na Vila das Mercês (zona sul).
“Fui obrigado a aumentar um pouco o preço, não teve jeito”, admite o vendedor.
Alguns feirantes tentam não reajustar,comoGabrielReis,27, que trabalha em uma feira da Casa Verde (zona norte), mas não sabem até quando vão conseguir.
“Eu estou segurando o preço antigo ainda por causa do meu estoque, mas já está acabando. Trabalho com 800 caixas de banana por dia, mas há dois dias tem produto parado no interior”, afirma.