Direita é sempre mais efetiva para entender importância do marketing
Vou ser franco e direto: a direita brasileira quase sempre é mais competente para entender a importância da comunicação e marketing do que a esquerda.
Basta lembrarmos o descaso com que governos de esquerda, como os de Luiz Inácio Lula da Silva, Dilma Rousseff e Fernando Haddad trataram desses temas.
O governo Dilma foi um desastre na comunicação e no marketing. Perdeu a batalha da comunicação da Copa do Mundo no país do futebol.
Foi preciso que a Folha mostrasse que não havia a pseudo-opção: construção de hospitais vs. estádios da Copa, ao publicar que o orçamento das arenas era de R$ 8 bilhões contra os R$ 100 bilhões investidos na saúde pelo governo federal em 2014.
Ou lembrar que o governo Haddad não realizou campanhas publicitárias para informar e ganhar a opinião pública, antes de realizar importantes projetos como o das ciclovias ou a redução da velocidade máxima para 50 km/h nas marginais e outras vias da cidade. Implantou sem comunicar antes e pronto.
Os governos de esquerda acreditam que basta fazer o certo para receber o reconhecimento da opinião pública. Mas é preciso fazer e comunicar. A esquerda só lembra do marketing em época de eleição.
Pior: quando candidatos de esquerda ganham a eleição, o eleito passa a tratar o marketing como assunto de terceira categoria.
Afinal, para que serviram os R$ 500 milhões gastos por ano em publicidade na Globo pelos governos do PT?
Os comerciais desses governos informaram para a população que os programas sociais, a ascensão social e o crescimento econômico do país eram políticas públicas de um governo que diminuía a desigualdade?
Ou deixaram para as igrejas evangélicas afirmar que o crescimento de renda era fruto de algo divino ou dos dízimos? Quantos carros novos não vimos com adesivos “presente de Deus”?
Ou os governos de esquerda deixaram para o mercado vender a ideia de que era apenas fruto da tal “meritocracia”, como se as oportunidades fossem iguais para filhos de ricos e pobres.
Não estou nem falando da regulação da indecorosa concentração dos meios de comunicação no Brasil.
Falo de políticas públicas de marketing e comunicação eficientes. Para combater e derrubar os governos petistas, a direita usou, usa e abusa da palavra corrupção junto à opinião pública. Essa é a cara da sua campanha anti-PT.
Ela nunca incentivou os brasileiros a saírem às ruas para defender a entrega do nosso petróleo às multinacionais. Nem para defender as reformas trabalhista e da Previdência, a entrega da Embraer, da Amazônia, da Eletrobras, do aquífero Guarani, a privatização dos Correios, Caixa e Banco do Brasil.
Ou para defender Aécio, Temer, Alckmin e Bolsonaro. A direita apenas dizia lutar contra corrupção.
Do mensalão ao petrolão. Do tríplex de Guarujá ao sítio de Atibaia. Do “Brasil que agente quer” da Globo às sessões do Supremo transmitidas ao vivo.
“Omaiorp roble ma doBra si léa corrupção ”, repetem todos. Desigualdade social, deixem isso para lá.
Não estou dizendo que aluta contra a corrupção nãoé importante. Nem negando os casos de corrupção em governospetistas. Só estou afirmando que ela foi usadas eletivamente como peça importantíssima de marketing político.
A esquerda não percebe que, se unida, tem hoje nas mãos um enorme potencial em torno das palavras de ordem “o Brasil para os brasileiros”.
Nos dias de hoje elas são mais fortes que essa pretensa e seletiva luta contra a corrupção. O país naufraga, ajus- tiçaé parcial, uma verdadeira quadrilha comanda o Palácio do Planalto.
Nada contra o vermelho. Masa esquerda e oc entro deveriam se unir e sair às ruas numa grande campanha de verde e amarelo em defesa do“Brasil par aos brasileiros ”. Tão o umais importante quede fender Lulaédefen dero Brasil. Aí sima esquerdas a id abolha.