Folha de S.Paulo

Final opõe times com melhor desempenho em decisões da Europa

Liverpool de Salah enfrenta o Real Madrid de Cristiano Ronaldo na disputa pelo título da Liga dos Campeões

- Luís Curro O jornalista Luís Curro viaja a convite da Nissan.

REAL MADRID LIVERPOOL

15h45, estádio Olímpico de Kiev Na TV: Band, Globo e E. Interativo kiev A decisão da Liga dos Campeões entre Real Madrid e Liverpool opõe as duas equipes com o melhor aproveitam­ento entre as mais assíduas na final do torneio.

Favorito, o time espanhol é o maior vencedor da competição, disputada desde 1955/1956: 12 títulos em 15 finais —aproveitam­ento de 80%.

O time inglês ergueu a taça após cinco das sete finais em que esteve presente —71% de sucesso. Triunfou em 1977, 1978, 1981, 1984 e 2005.

Entre os clubes com no mínimo cinco finais no currículo, quem mais se aproxima é o holandês Ajax, com quatro títulos em seis tentativas: 66%.

Essa proeminênc­ia dos finalistas já seria suficiente para atrair os holofotes para o jogo deste sábado (26) em Kiev, capital da Ucrânia, às 15h45 (de Brasília), no estádio Olímpico.

No entanto, há um duelo individual que promete ser o centro das atenções: Cristiano Ronaldo, do Real, contra Mohamed Salah, do Liverpool. Ambos são os melhores de suas equipes e a atuação na decisão poderá valer o título de melhor do mundo em 2018.

Para o português não seria novidade, pois ele já faturou o prêmio cinco vezes, a primeira delas em 2008, quando ainda defendia o Manchester United (ING), as outras pelo Real (2013, 2014, 2016 e 2017).

Personalis­ta, ele tem a oportunida­de de ultrapassa­r o argentino Messi, também laureado em cinco oportunida­des (2009 a 2012 e 2015).

E se o português é figurinha fácil no olimpo da bola há uma década, o egípcio Salah, 25, surpreende nesta temporada.

Em 2017/2018 o atacante canhoto de 1,75 m (Cristiano Ronaldo mede 1,87 m), surgido no Al Mokawloon de seu país, tem sido extraordin­ário com acamisado maior vencedor inglês de Liga dos Campeões.

Contratado pelo Liverpool por 42 milhões de euros (R$ 183 milhões) no meio de 2017 (estava na Roma, onde alternou altos e baixos), tornou-se a estrela mais reluzente em um ataque no qual também brilham o brasileiro Firmino e o senegalês Mané.

Veloz, hábil e preciso nas finalizaçõ­es, terminou o Campeonato Inglês como artilheiro, com 32 gols em 36 partidas.

Na Liga dos Campeões, o principal goleador é Ronaldo, com 15 gols. Salah anotou dez, mesma quantidade que seu companheir­o Firmino, convocado por Tite para a Copado Mundo, eu mamais que Mané, que também estará na Rússia.

A competição europeia tem um peso enorme na definição do premiado —atualmente, aliás, são duas eleições, ada Fifa e amais tradiciona­l, da revista France Football. Maior até que a Copa do Mundo.

Na Copa de 2014, no Brasil, Messi foi escolhido o melhor do Mundial, masa Argentina perdeu afinal para a Alemanha equem ficou comop rêmiode melhor do mundo foi Cristiano Ronaldo, eliminado com Portugal ainda na primeira fase, mas campeão e artilheiro (17 gols naquela edição, um recorde que permanece até agora) da Liga dos Campeões naquele ano.

Caso o Liverpool ganhe e Salah seja o protagonis­ta, o egípcio catapultar­á sua chance de se tornar o segundo africano eleito o melhor do mundo, juntando-se ao liberiano George Weah, hoje o presidente de seu país, vencedor em 1995.

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Andrew Boyers/Reuters Liverpool treina para a decisão da Liga dos Campeões neste sábado (26), em Kiev, na Ucrânia
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Duelo de craques em Kiev

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