25 anos de cultura
Casa no Butantã oferece shows, peças de teatro, sessões de cinema, cursos e oficinas para todas as idades
OO destino do imóvel na avenida Junta Mizumoto já estava definido: seria um sacolão, para abastecer a população do entorno com frutas, legumes e verduras. Mas a fome dos moradores era outra. Eles queriam um equipamento cultural.
O movimento levou à criação da Casa de Cultura do Butantã, de forma informal, em 1980. Em 1992, o local foi inaugurado oficialmente e passou a ser gerido pela prefeitura.
Hoje, é um ponto de encontro para pessoas de toda a região. Oferece espetáculos de teatro, shows musicais e sessões de cinema abertas à comunidade. Além disso, disponibiliza mais de 20 atividades gratui- tas de música, dança, práticas corporais e esportivas e arte. O cardápio inclui aulas de ioga, zumba, tango, sapateado, corte e costura, instrumentos musicais, entre outras. O grupo de tai chi chuan, um dos mais concorridos, com vagas esgotadas, utiliza o espaço há 25 anos.
Algumas das pessoas que ministram oficinas têm contratos temporários com a Secretaria Municipal de Cultura, mas a maior parte delas dá as aulas de forma voluntária.
"Os professores se doam por amor à arte e por amor à casa", diz o coordenador Danilo Leite.
O público da Casa é variado. Mais de um terço é formado por pessoas com mais de 50 anos —há grupos específicos para a terceira idade. Os jovens mostram mais interesse pelas aulas de música e teatro. Embora não haja cursos específicos para crianças, elas podem participar de diversas atividades, como as aulas de música e capoeira.
"Nossa orquestra de cordas tem uma menina de cinco anos", conta Leite. "O público da casa foi envelhecendo com ela. Estamos tentando chamar os mais jovens, ampliando o horário de funcionamento, assim quem estuda e trabalha pode fazer atividades mais tarde."
A Casa de Cultura abriga ainda uma biblioteca e uma horta comunitária, mantida com a ajuda dos frequentadores.