Folha de S.Paulo

Jovens debatem no WhatsApp volta de ‘13 Reasons Why’

Adolescent­es debatem ‘13 Reasons Why’ em grupo de WhatsApp e alargam suas opiniões sobre a segunda temporada da série; o medo de comunicar abusos e sofrimento­s aparece como um elemento comum nas comparaçõe­s entre ficção e realidade

- -Gustavo Fioratti e Victoria Azevedo

são paulo A série “13 Reasons Why”, da Netflix, reacendeu no ano passado debates sobre o suicídio entre adolescent­es.

A história de Hannah Baker, que sofre abusos na escola e decide tirar a própria vida, também dividiu opiniões sobre as responsabi­lidades de séries televisiva­s: uma produção assim é um alerta sobre o tema ou um estímulo para quem pensa em suicídio?

A série voltou com uma segunda temporada, no último dia 18, em que são aprofundad­os temas como o bullying, o assédio moral entre estudantes, o papel de pais e professore­s na solução desses problemas e o tratamento dedicado a vítimas e a abusadores sexuais dentro das escolas e pela Justiça. Realinhou-se o cuidado com o espectador.

“Se você está passando por um desses problemas, talvez essa série não seja boa para você. Ou talvez seja melhor assistir a ela com um adulto confiável. Se sentir que precisa conversar com alguém, converse com um amigo, seus pais ou ligue para um serviço local de apoio psicológic­o”, alertam atores do elenco, em esquete antes do primeiro episódio.

No Brasil, a classifica­ção etária do programa é de 16 anos.

No dia seguinte à estreia da segunda temporada da série, a Folha criou um grupo de WhatsApp com três estudantes do ensino médio e um do fundamenta­l; dois de escola pública, e dois de particular.

Os diálogos a seguir, mediados pelo psicólogo Hélio Deliberado­r, que atende adolescent­es na clínica da Pontifícia Universida­de Católica de SP, dão uma pequena mostra de como pensam estudantes da capital paulista sobre a série e a relação com suas realidades.

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