Lesão de Salah e atuação desastrosa de goleiro do Liverpool definem derrota
kiev e são paulo A derrota do Liverpool não deve sair tão cedo da memória dos torcedores ingleses, principalmente por causa de dois personagens: o egípcio Mohamed Salah e o alemão Loris Karius.
O primeiro é o grande nome do clube inglês na temporada, artilheiro da equipe na competição europeia com dez gols —ao lado de Roberto Firmino e Sadio Mané— e do Campeonato Inglês, com 32 gols.
Nele era depositada a esperança da torcida em conquistar o título europeu, algo que não acontece desde a edição 2004/2005 do torneio.
O sonho começou a ruir aos 24 minutos, quando Salah sentiu o ombro após o zagueiro Sergio Ramos segurar seu braço e depois cair sobre ele.
“A contusão foi realmente séria. É muito ruim para nós e muito ruim para o Egito”, disse o técnico alemão Jürgen Klopp após o jogo.
O ministro da Juventude e dos Esportes do Egito, Khaled Abd Elaziz, afirmou que a previsão de recuperação do melhor jogador da seleção é de duas semanas e que ele deverá estar na lista final da Copa do Mundo. O prazo para divulgação dos convocados é 4 de junho. O Egito estreia no dia 15, contra o Uruguai.
Se o egípcio era o candidato a herói, faltava ainda alguém para interpretar o vilão da finalíssima: o goleiro Karius.
O jogador alemão de 24 anos faz temporadas irregulares desde a sua chegada ao clube inglês, em 2016.
Os ex-jogadores Phil Thompson e Mark Lawrenson, ídolos do Liverpool que atuaram entre os anos 1970 e 1980 e ganharam a Liga dos Campeões, comentaram a permanência como titular do contestado goleiro em entrevistas antes da final.
Thompson elogiou o fato de o atleta ter chegado à decisão, mas alertou: “Ele deveria ser substituído? Provavelmente.”
Lawrenson foi mais incisivo nas críticas. “Ele comete erros e costuma espalmar a bola para dentro da meta”. Foi o que aconteceu no terceiro gol do Real, em chute de Bale.
Antes, errou saída de bola com as mãos no gol de Benzema. Ao final do jogo, chorou e pediu desculpas à torcida.