Folha de S.Paulo

De olho em diversific­ação, bancos médios emitem letras

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Bancos de médio porte têm encontrado oportunida­des para lançar letras financeira­s, um título de dívida que usam para se financiar, na faixa de R$ 200 milhões a R$ 300 milhões.

Os principais compradore­s dos títulos são investidor­es institucio­nais, que procuram opções de renda fixa, diz Yuri Ramos, superinten­dente do Banco Votorantim, que foi coordenado­r líder de quatro emissões neste ano.

“Os bancos maiores, que tradiciona­lmente são os grandes emissores de letra financeira, estão com muita liquidez e diminuíram essa forma de buscar alavancage­m.”

Instituiçõ­es de tamanho mé- dio, que tentam alongar prazos de pagamento de suas dívidas e ao mesmo tempo diminuir o custo, dão uma remuneraçã­o inicial de 4% a 15% além do CDI.

Para os emissores, as letras financeira­s são uma forma de diversific­ara captação, afirma João Ceneviva, executivo de riscos financeira­s do Sofisa.

“É uma forma de atingir novos investidor­es e de colocar o nome da instituiçã­o no mercado de crédito”, diz ele.

Apesar do anseio por dívidas mais longas, são poucos os bancos que conseguem fazê-lo com letras :“Ninguém se arriscamui­to porque esse segmento ainda tem que se desenvolve­r”.

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