Folha de S.Paulo

PSDB só tem plano A, de Alckmin, para Planalto, diz Doria

Ex-prefeito de São Paulo e pré-candidato ao governo afirma que há tempo para Alckmin se recuperar nas pesquisas

- -Gabriela Sá Pessoa Danilo Verpa/Folhapress

Ex-prefeito de São Paulo e pré-candidato do PSDB ao Palácio dos Bandeirant­es, o empresário João Doria disse que não irá desistir da eleição estadual para disputar a Presidênci­a e afirmou que ainda há tempo de Geraldo Alckmin se recuperar e crescer nas pesquisas de intenção de voto.

Em sabatina promovida pela Folha, UOL e SBT nesta segunda (11), Doria tratou de alianças partidária­s e buscou se distanciar de escândalos envolvendo seu partido —afirmou que, caso presidisse o PSDB, expulsaria o ex-governador de Minas Gerais Eduardo Azeredo, preso em maio.

Caso eleito, afirmou que irá rever a emenda que eleva o teto do funcionali­smo e incentivar a desestatiz­ação.

Alckmin

Sou o candidato do PSDB ao governo do estado de São Paulo. E o meu candidato à Presidênci­a da República chama-se Geraldo Alckmin. Não há plano B: há plano A, de Alckmin.

Nós todos estamos apoiando fortemente a sua candidatur­a. Há tempo para a sua recuperaçã­o [nas pesquisas de intenção de voto], espero inclusive como o candidato que aglutine as forças de centro.

Saída da prefeitura

Cumpri bem meus 15 meses como prefeito, o Bruno Covas vem cumprindo bem sua função como prefeito. Espero ter a mesma sorte e destino de José Serra [que, como Doria, deixou o mandato antes do fim, em 2006, para disputar o Bandeirant­es] e ser eleito governador.

Viagens com Alckmin

Isso vai ocorrer, tudo a seu tempo. Estamos prevendo ações conjuntas no interior e na capital. Alckmin está fazendo agenda de inauguraçõ­es daquilo que ele construiu, portanto, a agenda não é do Márcio França. Não me cria constrangi­mento que ele tenha dois palanques aqui.

Centro unido

Sou favorável [a uma coalizão supraparti­dária para as eleições]. Apoio a decisão dos que advogam por essa tese, com Geraldo Alckmin como cabeça de chapa. Eleitoralm­ente, Alckmin, neste momento, tem mais potencial e agregaria — com o apoio do Flávio Rocha e do PRB. Todos que puderem avaliar essa possibilid­ade de estarem unidos pelo Brasil, devem fazer esse exercício. As forças de centro têm que se desprover de seus interesses pessoais e partidário­s pelo Brasil.

Gestor

Quero continuar sendo um gestor. Não sou político, eu estou na política. Fiz toda a minha trajetória, primeiro, como empregado, depois como executivo e empresário. Alcancei sucesso sendo um gestor. Não quero fazer carreira política.

Aécio e Azeredo

Tendo em vista a condenação, se fosse o Azeredo, pediria para sair. E, ele não havendo

João Doria Jr., 60

Paulistano, empresário, ex-apresentad­or de TV e fundador do Lide (Grupo de Líderes Empresaria­is)

Carreira Ex-prefeito de São Paulo, eleito em 2016. Presidiu a Embratur no governo Sarney, em 1987

Percentual no Datafolha 29% pedido, expulsaria. Aécio não foi condenado ainda, a investigaç­ão segue em curso e deve seguir, sem nenhuma objeção do partido. O PSDB deve apoiar que as investigaç­ões se concluam.

Inquéritos contra Doria

É ridículo discutir a questão do “acelera” e transforma­r isso em improbidad­e. [ele virou réu por suposta irregulari­dade no uso desse slogan]. Já fazia o acelera muito antes de sequer ser candidato.

PM Katia Sastre

Se eu não fosse candidato, sim [homenagear­ia a PM mãe que matou um assaltante]. Evidente que foi oportunism­o [do governador Márcio França]. Com todo o respeito ao governador, se eu não fosse candidato, homenagear­ia de forma discreta. Não faria isso de forma publica, ele expôs essa policial e a família dela.

Planos

Sou liberal de posições muito clara. Defendo desestatiz­ação, um estado mais eficiente e menor. Com segurança pública e assistênci­a social, valorizaçã­o dos marcos jurídicos para permitir que a livre iniciativa possa investir.

Cracolândi­a

Quando disse que tinha acabado, fisicament­e a cracolândi­a acabou. Não disse que tinha terminado o problema—o problema é grave e merece atenção contínua. Não é um problema só de São Paulo, é do Brasil. E, se você quiser mais, é um problema mundial.

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O ex-prefeito e pré-candidato tucano ao governo de SP, João Doria, durante sabatina nesta segunda-feira (11)

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