PSDB só tem plano A, de Alckmin, para Planalto, diz Doria
Ex-prefeito de São Paulo e pré-candidato ao governo afirma que há tempo para Alckmin se recuperar nas pesquisas
Ex-prefeito de São Paulo e pré-candidato do PSDB ao Palácio dos Bandeirantes, o empresário João Doria disse que não irá desistir da eleição estadual para disputar a Presidência e afirmou que ainda há tempo de Geraldo Alckmin se recuperar e crescer nas pesquisas de intenção de voto.
Em sabatina promovida pela Folha, UOL e SBT nesta segunda (11), Doria tratou de alianças partidárias e buscou se distanciar de escândalos envolvendo seu partido —afirmou que, caso presidisse o PSDB, expulsaria o ex-governador de Minas Gerais Eduardo Azeredo, preso em maio.
Caso eleito, afirmou que irá rever a emenda que eleva o teto do funcionalismo e incentivar a desestatização.
Alckmin
Sou o candidato do PSDB ao governo do estado de São Paulo. E o meu candidato à Presidência da República chama-se Geraldo Alckmin. Não há plano B: há plano A, de Alckmin.
Nós todos estamos apoiando fortemente a sua candidatura. Há tempo para a sua recuperação [nas pesquisas de intenção de voto], espero inclusive como o candidato que aglutine as forças de centro.
Saída da prefeitura
Cumpri bem meus 15 meses como prefeito, o Bruno Covas vem cumprindo bem sua função como prefeito. Espero ter a mesma sorte e destino de José Serra [que, como Doria, deixou o mandato antes do fim, em 2006, para disputar o Bandeirantes] e ser eleito governador.
Viagens com Alckmin
Isso vai ocorrer, tudo a seu tempo. Estamos prevendo ações conjuntas no interior e na capital. Alckmin está fazendo agenda de inaugurações daquilo que ele construiu, portanto, a agenda não é do Márcio França. Não me cria constrangimento que ele tenha dois palanques aqui.
Centro unido
Sou favorável [a uma coalizão suprapartidária para as eleições]. Apoio a decisão dos que advogam por essa tese, com Geraldo Alckmin como cabeça de chapa. Eleitoralmente, Alckmin, neste momento, tem mais potencial e agregaria — com o apoio do Flávio Rocha e do PRB. Todos que puderem avaliar essa possibilidade de estarem unidos pelo Brasil, devem fazer esse exercício. As forças de centro têm que se desprover de seus interesses pessoais e partidários pelo Brasil.
Gestor
Quero continuar sendo um gestor. Não sou político, eu estou na política. Fiz toda a minha trajetória, primeiro, como empregado, depois como executivo e empresário. Alcancei sucesso sendo um gestor. Não quero fazer carreira política.
Aécio e Azeredo
Tendo em vista a condenação, se fosse o Azeredo, pediria para sair. E, ele não havendo
João Doria Jr., 60
Paulistano, empresário, ex-apresentador de TV e fundador do Lide (Grupo de Líderes Empresariais)
Carreira Ex-prefeito de São Paulo, eleito em 2016. Presidiu a Embratur no governo Sarney, em 1987
Percentual no Datafolha 29% pedido, expulsaria. Aécio não foi condenado ainda, a investigação segue em curso e deve seguir, sem nenhuma objeção do partido. O PSDB deve apoiar que as investigações se concluam.
Inquéritos contra Doria
É ridículo discutir a questão do “acelera” e transformar isso em improbidade. [ele virou réu por suposta irregularidade no uso desse slogan]. Já fazia o acelera muito antes de sequer ser candidato.
PM Katia Sastre
Se eu não fosse candidato, sim [homenagearia a PM mãe que matou um assaltante]. Evidente que foi oportunismo [do governador Márcio França]. Com todo o respeito ao governador, se eu não fosse candidato, homenagearia de forma discreta. Não faria isso de forma publica, ele expôs essa policial e a família dela.
Planos
Sou liberal de posições muito clara. Defendo desestatização, um estado mais eficiente e menor. Com segurança pública e assistência social, valorização dos marcos jurídicos para permitir que a livre iniciativa possa investir.
Cracolândia
Quando disse que tinha acabado, fisicamente a cracolândia acabou. Não disse que tinha terminado o problema—o problema é grave e merece atenção contínua. Não é um problema só de São Paulo, é do Brasil. E, se você quiser mais, é um problema mundial.