Folha de S.Paulo

Presidente americano insiste em seu ridículo ‘reality show’

- -Clóvis Rossi Jesco Denzel/Governo da Alemanha/AFP

Christophe­r Sabatini, da Escola de Assuntos Internacio­nais e Públicos da Universida­de Columbia, ficou aquém da marca correta no tuíte em que comenta a famosa foto de Donald Trump (sentado) discutindo com os seus parceiros do G7 (detalhes na coluna do sempre atento Nelson de Sá nesta segunda-feira, 11):

“Parecia mais um grupo de adultos tentando argumentar com um pré-adolescent­e petulante”, escreveu Sabatini, que dirige um grupo de pesquisas destinado apôr a América Lati nano mapa global.

Chama-se“Latinam eric aG oes Global ”, intenção que talvez ajude a explicar o comentário dele a respeito do choque entreTrump­e parceiros do G 7. Afinal, oqueTrumpe­stáfa zen doéoo posto exato do que Sabatini prega para a América Latina: está tirando a América do papel global que exerceu, para o bem e para o mal, desde a Segunda Guerra Mundial (1939-45).

Quando digo que o acadêmico ficou aquém da marca correta é porque acho que Trump foi, sim, petulante, mas não pré-adolescent­e. Fez uma palhaçada. Comportous­e como se ainda fosse apenas o dono do programa “O Aprendiz”. Tanto que gritou “você está demitido”, por tuíte, ao premiê canadense Justin Trudeau.

Tuítes, aliás, com seus limites de caracteres, parecem ser o máximo que Trump consegue articular.

Se, com eles, faz a América parecer ridícula, em vez de grande, como diz pretender, seria problema apenas dele e de seu país. O que afeta o resto do mundo é o estrago que faz em quem acredita na democracia. Se ela permite que se eleja um pré-adolescent­e petulante e ridículo, qual é o exemplo que dá ao mundo?

Só valoriza autocratas como o russo Vladimir Putin ou o chinês Xi Jinping, para citar apenas dois que ganham com os tuítes de Trump. Parecem estadistas. Torço para que o Brasil não eleja, em outubro, algum machão tipo Trump. Há muita gente por aqui que adora palhaçadas importadas.

 ??  ?? Da esq.: Larry Kudlow (conselheir­o econômico dos EUA), Theresa May (premiê britânica), Emmanuel Macron (presidente da França), Angela Merkel (chanceler alemã), Yasutoshi Nishimura (vice-chefe de gabinete japonês), Shinzo Abe (premiê japonês), Kazuyuki...
Da esq.: Larry Kudlow (conselheir­o econômico dos EUA), Theresa May (premiê britânica), Emmanuel Macron (presidente da França), Angela Merkel (chanceler alemã), Yasutoshi Nishimura (vice-chefe de gabinete japonês), Shinzo Abe (premiê japonês), Kazuyuki...

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