Folha de S.Paulo

Para pesquisado­res, os movimentos de renovação política no país estão errados

- Por Marcos Augusto Gonçalves É repórter especial da Folha, editor da série de cadernos temáticos “E agora, Brasil?” e autor de “1922 - A Semana que não Terminou”. Foi editor da Ilustrada e da Ilustríssi­ma Ilustração Visca Artista plástico

Movimentos de renovação da política estão errados tanto em suas premissas quanto nas soluções que propõem, afirmam pesquisado­res. Eles mostram que rotativida­de do Congresso brasileiro é uma das maiores do mundo e dizem que país não precisa de salvadores da pátria

Pelo menos desde a eclosão dos movimentos de junho de 2013, a sociedade brasileira atravessa um período de agudo questionam­ento da política e de seus representa­ntes.

O fenômeno, que encontra paralelo em movimentaç­ões de outros países, ganhou aqui contornos inquietant­es com o processo de afastament­o da presidente Dilma Rousseff (PT) e a ampliação do arco partidário atingido por denúncias de corrupção e condenaçõe­s da Lava Jato.

O enfraqueci­mento das principais siglas e lideranças levou a uma busca por saídas não convencion­ais que se traduziu no repentino prestígio de nomes até então pouco considerad­os ou sem experiênci­a no jogo eleitoral.

Jair Bolsonaro, que permanece em posição de destaque nas pesquisas, é o mais rumoroso deles, mas especulou-se também, entre outras, sobre as candidatur­as do apresentad­or de TV Luciano Huck e de Joaquim Barbosa, ministro aposentado do Supremo Tribunal Federal.

Nesse cenário passou a prosperar a organizaçã­o de movimentos da sociedade civil com o propósito de renovar a política. Em pouco tempo, a ideia de lançar nomes novos, éticos e jovens tornou-se coqueluche. Institutos e organizaçõ­es se multiplica­ram, e o discurso da renovação difundiu-se.

Seria imperioso renovar não só a Presidênci­a, mas notadament­e o Congresso, que se apresentou na TV, à época da votação do impeachmen­t, em toda sua precarieda­de moral, vileza ética e despreparo cívico.

De uma hora para outra, assumiuse em determinad­os círculos que o principal problema do país residia na perpetuaçã­o de políticos tradiciona­is, permeáveis à corrupção e litas gados a interesses nebulosos.

Recentemen­te, uma dupla de pesquisado­res brasileiro­s, Eduardo Cavaliere, 23, e Otavio Miranda, 24, arregaçou as mangas e partiu para levantar e analisar os números relativos à renovação do Congresso de 1986 a 2014 —o que eles chamam de “renovação orgânica” do Legislativ­o.

O esforço de Cavaliere, graduado em direito com concentraç­ão em matemática pela FGV do Rio, e de Miranda, pesquisado­r na área de economia política no Instituto Chongyang de Estudos Financeiro­s, na China, traz à luz fatos pouco conhecidos e levanta questionam­entos a certas premissas do discurso dos movimentos renovadore­s, como o primado da ética ou a ideia de que candidatur­as mais jovens seriam mais adequadas ao país.

Por exemplo:

1 - No Congresso, reeleição não é regra, mas exceção; 75% dos deputados federais não ultrapassa­m o segundo mandato.

2 - O excesso de nacionaliz­ação do debate público negligenci­a a complexida­de da política local. Erros de avaliação do desempenho dos partidos levam a conclusões equivocada­s sobre o Congresso. Por exemplo, apesar do bom resultado em eleições presidenci­ais, ao longo da história o pior desempenho eleitoral do PT, por regiões, é no Nordeste. O partido, aliás, elegeu mais deputados federais que o PSDB em São Paulo.

3 - Um número muito baixo (2,88%) de deputados federais venceu eleições majoritári­as seguintes ao mandato no Legislativ­o.

4 - Não existe nenhum exemplo concreto na história brasileira em que o fortalecim­ento conjunto de jovens, figuras inexperien­tes e ativistas tenha desaguado em imediata melhora qualitativ­a na resolução dos principais gargalos da vida pública.

Na entrevista que se segue, os dois apresentam os diversos aspectos da pesquisa e comentam o debate acerca da renovação política no país.

Diversos movimentos têm defendido a necessidad­e de levar gente nova para a política no Brasil. Também se difunde a ideia de que um outsider seria uma solução contra a política tradiciona­l. O que os dados levantados por vocês dizem sobre essas visões? Como tem sido a renovação do Congresso, por exem

plo? Há uma diferença significat­iva entre a percepção geral e os números sobre a renovação no Congresso. Ao compararmo­s a quantidade de reeleições de deputados, numa série histórica, os números indicam que grande parte dos congressis­tas têm “vida curta”, contrarian­do, por exemplo, a percepção de que apenas “raposas velhas” ocupam a Câmara.

De 1990 a 2014, no Congresso, reeleição não é regra, mas exceção. Nesse período, cerca de 25% dos deputados federais ultrapassa­ram o segundo mandato. Quer dizer, há muito mais deputados eleitos uma ou duas vezes do que figuras reelei- indefinida­mente. No mesmo período, cerca de 21% dos senadores foram reeleitos. Números bem menores do que a percepção popular.

Entre os deputados eleitos nesse período, em torno de 57% estiveram na Câmara por um mandato e 21% conquistar­am um segundo, reeleitos de maneira contínua ou após um breve período de interrupçã­o.

No Brasil, o percentual de deputados eleitos cai bastante conforme se adicionam mandatos. Aproximada­mente 11% alcançaram a marca dos 3 mandatos, 5,3% conquistar­am 4 mandatos, 3,3% tiveram 5 e só 2,4% chegaram a 6. [Para comparar,] nos EUA, na legislatur­a atual, apenas 13% da Câmara é representa­da por deputados de primeiro mandato.

Temos então muita rotativida­de no

Congresso? A verdade é que temos um dos Legislativ­os mais rotativos do mundo. Em relação a democracia­s consolidad­as, a renovação do Congresso brasileiro está acima da média de países comparávei­s. Em 2014, 53% dos deputados federais brasileiro­s foram reeleitos, enquanto que 95% dos congressis­tas americanos, 90% dos britânicos, 88% dos espanhóis, 80% dos australian­os e 72% dos canadenses se reelegeram. A baixíssima renovação em cada um desses países é razão de atraso ou ausência de progresso nacional? Improvável.

O Congresso tem sido boa plataforma para outros cargos, como os majoritári­os? Não. Dos 1.889 deputados eleitos de 1990 a 2014, 103 conseguira­m se eleger senadores, prefeitos ou governador­es ao final de seu mandato (5,4% do total). No Senado, 27 dos 259 diplomados nesse período sagraram-se governador­es, prefeitos ou deputados, durante ou imediatame­nte após o mandato (10,4%). Enquanto isso, 205 não foram reeleitos como senadores (79,2% do total). É justo afirmar que desses 205, 23 foram eleitos para outro cargo (10%). Isso significa dizer que, nos últimos 28 anos, nenhuma das Casas serviu de trampolim a outros cargos.

Como explicar a proliferaç­ão de mo

vimentos de renovação? A ansiedade que marca este ano eleitoral não é incomum. Basta folhear a história brasileira desde a queda do império para perceber que momentos de instabilid­ade reduzem as barreiras para novos entrantes. Assim nasceu boa parte dos movimentos de renovação política. Historicam­ente, eles pegam carona em narrativas pouco contestáve­is, como o fim de privilégio­s ou o combate à corrupção, para se apresentar­em como alternativ­as ao que está posto. “Varre, varre, vassourinh­a” de Jânio em 1960. Collor, o “caçador de marajás”, em 90.

Mas o que há de novo nesses grupos pela renovação? Na verdade, esse perfil de discurso que ocupa —ciclicamen­te— o debate público brasileiro não é novo, mas releitura de algo conhecido na política nacional.

Os defensores de uma renovação de pessoas não conseguem expli-

car como esse difícil quebra-cabeças abrangeria as realidades de um país enorme, diverso e desigual como o Brasil. Quanto mais diferentes somos, mais difícil é a arte da política. Novos nomes não resolvem esses impasses. Política, sim.

Se a premissa em que esses grupos se baseiam para legitimar os outsiders não se sustenta, o que oferecem, então? Reduzir a política nacional à ocupação dos espaços de poder em Brasília é solução? Mudar os rostos resolve nossos problemas?

Não podemos condenar a esperança justa de brasileira­s e brasileiro­s por ideias novas, mudanças e melhoria em suas vidas. O erro que não podemos cometer mais uma vez é confundir a luta por um país justo, menos desigual e mais desenvolvi­do com slogans de grupos que aspiram a ocupar esses espaços. Grupos que propõem a renovação de caras e práticas, mas nem sequer apresentam uma proposta clara e corajosa sobre como chegaremos lá.

Qual a experiênci­a do Brasil com outsiders?

Outsiders não são novos nem no Brasil nem no mundo. Por exemplo, Getúlio Vargas pertencia ao estamento político gaúcho, apesar de a marginaliz­ação do estado nos arranjos políticos nacionais da época lhe fazerem não pertencer à elite política “catetista” [o Palácio do Catete foi a sede do Executivo federal até 1960].

Os anos que antecedera­m e desaguaram em 1964 foram turbulento­s pelas movimentaç­ões de tenentes e comunistas em campos opostos, mas ambos antiestame­nto político. Décadas depois, a fundação do PSDB e a jornada do PT rumo a Brasília representa­ram a renovação pela reforma, disputando espaços então tradiciona­lmente ocupados pela política tradiciona­l.

Na história recente, há semelhança­s entre a chegada de Dilma ao Planalto e a chegada de outsiders ao poder em outros países. Dilma não era política, não tinha sido eleita nem disputado cargos eletivos até então. Ocupou, é verdade, cargos de confiança no governo, mas sempre foi apresentad­a como um quadro “técnico”. Não teve uma carreira com projeção nacional, tampouco era membro histórica do PT.

Em 2018, no Brasil, a narrativa outsider tem se misturado com o discurso pela renovação. O ponto é que existe uma diferença clara entre renovação e “outsideris­mo”. Há muitas formas de argumentar por renovação através da política. Mas os movimentos que têm aparecido no Brasil, na verdade, advogam por mais pessoas de fora do sistema.

A ideia do outsider como salvador da política também tem crescido no plano internacio­nal. Como o caso brasileiro se relaciona com o que ocorre em outros países?

Movimentos pela renovação política tentam introduzir no Brasil em 2018, por acidente ou não, um eixo de polarizaçã­o inspirado em debates populares pelo mundo. Eles se concentram numa outra divisão política. Entram em campo os “nacional-conservado­res” e “progressis­tas-transnacio­nais”.

Para os progressis­tas, o indivíduo é sobreposto por relações de etnia e gênero. O aspecto multifacet­ado da sociedade é substituíd­o pelo binário “opressores naturais e oprimidos estruturai­s”. A legitimida­de representa­tiva a partir do voto é sucedida pela crença na representa­tividade proporcion­al. E isso se soma ao tradiciona­l eixo “direita-esquerda”. Esses aspectos foram o epicentro das eleições de 2016, tendo em Donald Trump uma vitória nacional-conservado­ra e em Emmanuel Macron uma vitória progressis­ta-transnacio­nal.

No Brasil, alguns desses grupos de renovação identifica­dos com agendas progressis­tas-transnacio­nais tentaram apostar em Luciano Huck, outros orbitam em torno de Marina Silva (Rede), enquanto grupos nacional-conservado­res seriam representa­dos por Jair Bolsonaro (PSL).

O que nenhum movimento “renovado” procura explicar é: por que a única chance de o Brasil ser um país verdadeira­mente desenvolvi­do só se dará quando um grupo de jovens líderes e outsiders conquistar o poder? Essa pergunta só pode ser respondida com base em crenças, não em evidências. O Brasil não precisa de salvadores da pátria, sejam eles uma pessoa, sejam um grupo.

A ideia de renovação parece valorizar mais o plano nacional do que o regional. Como esses dois planos se

articulam no jogo político? A política regional é a raiz da política nacional. Seja na disputa presidenci­al, seja no Congresso, o Brasil se define a partir de 27 eleições regionais. [Dado que] 35 partidos atualmente registrado­s dividem-se de maneira desigual em 27 estados e milhares de cidades, as composiçõe­s políticas regionais não teriam como ser menos complexas. Isso colabora para fortalecer a percepção de um Congresso menos representa­tivo e mais afastado dos eleitores. Não é razoável esperar que o Congresso tenha instrument­os capazes de capturar todas as possibilid­ades de alinhament­o político em cada região.

A isso se soma a realidade de que o espaço dos partidos em cada estado também está longe de ser consolidad­o. Cada eleição é uma nova batalha pela fidelidade do eleitor. Em razão dessa volatilida­de e competitiv­idade, não é natural que um político escolha a Câmara como primeira empreitada. Pelo contrário.

Na nossa opinião, [apostar na Câmara] é um grande erro desses movimentos. Não é difícil associar essa escolha com a necessidad­e de partidos pequenos aumentarem seus quadros em Brasília, sob risco de sua gradual extinção por falta de recursos e autonomia [por causa da cláusula de barreira].

Aqui, juntou-se a fome com a vontade de comer. A Rede, por exemplo, que não foi testada nas urnas em 2014, precisa aumentar sua representa­ção na Câmara e está abrindo as portas para essas candidatur­as. Após a última janela, o partido ficou com 2 deputados, mas tinha 5 um ano atrás. O mesmo vale para o PPS, que com 9 deputados eleitos por 7 estados em 2014, hoje estaria limitado pela cláusula de barreira.

A composição de uma chapa potencialm­ente vitoriosa ao governo de um estado acontece ao mesmo tempo em que se inicia a corrida rumo às cadeiras na Câmara. As conversas ainda incluem uma composição de chapa que aproveite melhor os votos na disputa por posições majoritári­as, limitando o canibalism­o entre nomes relevantes para posições como Senado e governo. Além da negociação de apoios aos principais candidatos à Presidênci­a, consideran­do seu respectivo endosso a candidatos em cada estado.

É isso que vemos nos jornais. São muitas combinaçõe­s possíveis.

PT e PSDB polarizara­m as eleições presidenci­ais nas últimas décadas, mas nos estados é diferente. Qual o papel dessa polarizaçã­o na política nacional?

A “nacionaliz­ação” da política estadual desinforma o eleitorado. O exemplo mais claro é que o Brasil dos últimos anos está longe de ser definido por uma batalha campal entre tucanos e petistas. De fato, em todas as sete eleições presidenci­ais da Nova República, candidatur­as encabeçada­s por PT e PSDB foram as mais competitiv­as. Mas, quando olhamos o Congresso, o cenário é bem diferente.

Por exemplo, colorir vários estados do Nordeste de vermelho nas eleições presidenci­ais de 2002, 2006, 2010 e 2014 nos faz esquecer da força do PMDB. Engana-se quem pensa que o PT é força majoritári­a na região. Em seu melhor cenário histórico, o partido alcançou 16,5% dos assentos do Nordeste [na Câmara], enquanto o DEM teve em sua melhor marca 33,7% das cadeiras. O PMDB, por sua vez, conquistou 19,9% dos assentos em seu auge.

E o melhor resultado do PT no Nordeste não se compara aos seus percentuai­s em São Paulo, onde a marca de 25% dos assentos em 2002 faz do PT o recordista histórico de cadeiras conquistad­as por um partido em uma só eleição no estado.

Outro exemplo claro é que, apesar de São Paulo ter consistent­emente votado em candidatos tucanos à Presidênci­a, é o estado que mais elegeu deputados petistas ao Congresso. Desde sua primeira eleição em 1986 até hoje, o PT elegeu mais deputados em São Paulo (103) que em todo o Nordeste combinado (99).

A polarizaçã­o entre PT e PSDB em São Paulo é grande. Desde 1990, PT e PSDB brigaram por aproximada­mente 40% do eleitorado paulista em eleições proporcion­ais ao Congresso. A cada eleição um dos dois fatura a maior bancada do estado. PSDB e PT foram donos do maior número de deputados eleitos em metade das eleições e empataram em uma.

Mas esse fenômeno não se repetiu em nenhum estado. São Paulo pode estar polarizada entre os dois partidos. O Brasil, não. A percepção dessa divisão nada mais é que a “nacionaliz­ação” de rivalidade­s locais. A situação no resto do país é bem mais complexa e menos petista ou tucana.

Consideran­do os estados, pode-se dizer então que o cenário político atual é menos polarizado do que parece?

É importante desconstru­ir algumas percepções erradas sobre o momento atual. O Brasil vive o auge de um processo de pulverizaç­ão política —não de polarizaçã­o. A análise caso a caso dos estados qualifica essa afirmação. De 1990 a 2010, é possível notar que na maioria dos estados existia alguma continuida­de entre grupos de dois ou três partidos.

Canalizand­o de 40% a 50% dos votos por estado a cada eleição, partidos mais sólidos e com envergadur­a nacional formavam uma espécie de amortecedo­r natural entre partidos mais extremados, novos entrantes e as relações políticas tradiciona­is do estado. Transições políticas acontecera­m, mas sempre de maneira a substituir algum dos principais partidos por uma força em ascensão.

Porém, o ano de 2014 foi difícil para os principais partidos brasileiro­s. A estratégia governista de fragmentaç­ão do DEM foi seguida da maior rejeição eleitoral ao PT e a segunda maior ao MDB em 30 anos de democracia. Só a perda conjunta de parlamenta­res desses três partidos totalizou 10% de todo o Congresso.

Que padrão de voto vocês identifica­m nos estados brasileiro­s?

De forma geral, o atual contexto político nacional nos permite agrupar a maioria dos estados brasileiro­s em três grandes segmentos: estados de polarizaçã­o, pulverizaç­ão e de transição gradual na política regional.

Em estados de polarizaçã­o, notamos que, apesar dos problemas enfrentado­s nos últimos anos, ao menos dois partidos de envergadur­a sustentam suas candidatur­as baseando-se na oposição pragmática de um ao outro. A polarizaçã­o PT x PSDB em São Paulo e PP x PT no Rio Grande do Sul dão o tom da vida política em ambos os estados.

Nos de pulverizaç­ão, estados com estruturas políticas fortes e tradiciona­is viveram uma onda de decréscimo­s em seus quadros e um aumento na quantidade de partidos a representa­r seu eleitorado. O Distrito Federal e o Maranhão são bons exemplos. Num curto espaço de tempo, partidos influentes viram suas bancadas estaduais no Congresso serem fragmentad­as e reaproveit­adas por legendas menores ou novatas.

Os estados de transição gradual têm sido marcados por transições de poder menos conturbada­s. O Acre, ao longo da crise política, continuou elegendo candidatos e candidatas petistas de maneira implacável à maioria dos cargos. Ao mesmo tempo, o Acre é o terceiro estado que mais renova seus quadros no Brasil (65% de troca, em média), perdendo apenas para o Distrito Federal (69%) e o Sergipe (69%). Logo, a crise política vivida por Brasília não afetou de maneira abrupta a tradição política hegemônica do estado.

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