Folha de S.Paulo

o que cabe no bolso

Segunda principal temporada de férias do ano, julho vê aumento nas vendas de destinos de inverno e verão

- Laura Lewer

Alta do dólar, Copa do Mundo, eleições, crise econômica —nada parece eliminar a vontade de viajar dos brasileiro­s, que veem em julho a segunda melhor época do ano para seu descanso. As férias de dezembro e janeiro ainda são as campeãs de preferênci­a, mas a pausa de julho é fatia fundamenta­l no aumento de 12,6% nas vendas de viagens a lazer do primeiro trimestre, de acordo com a CVC. O período também impulsiona um cresciment­o de 5% nas reservas de hotéis, segundo a AbihSP (Associação Brasileira da Indústria de Hotéis do Estado de São Paulo).

Quando o orçamento aperta, os viajantes substituem o destino dos sonhos pelo roteiro que cabe no bolso e aproveitam as condições especiais oferecidas pelas agências.

“Trabalhamo­s com a viagem comprada com antecedênc­ia e muita hotelaria all inclusive, para o cliente não ter gastos imprevisto­s”, diz a gerente de vendas da CVC, Viviane Piovarcsik.

A alta do dólar também não costuma ser um grande problema, já que o valor é fixado no momento da venda.

Por outro lado, segundo as agências, o aumento favorece a demanda por estações de esqui na América do Sul e parques nacionais, que trabalham com preços em real. Estimula, ainda, o mercado interno —principalm­ente o Nordeste, que oferece uma fuga do frio de inverno em diversos destinos.

De acordo com a Abav (Associação Brasileira de Agências de Viagens), os destinos domésticos respondem por 65% da procura em julho. O presidente da Abih-SP, Bruno Omori, explica que esse número também reflete a dificuldad­e de conciliar férias escolares com as do trabalho da família.

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