Folha de S.Paulo

Paralisaçã­o de caminhonei­ros levou a aumento de frete grátis

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Mais empresas de ecommerce passaram a oferecer frete grátis aseus clientes durante a paralisaçã­o dos caminhonei­ros.

Antes da crise, cerca de 37% das empresas diziam isentar o cliente das entregas. Em 25 de maio, quando estradas tinham pontos de bloqueio, esse índice saltou para 46%, segundo a Ebit, que coleta dados sobre ecommerce.

“Foi para incentivar os consumidor­es a comprar, mesmo com prazos mais longos. A espera média de 12 dias em abril saltou a 32 dias no início de junho ”, diz o diretor Pedro Gu as ti.

“As vendas caíram 3,6% nos dez dias da greve, em relação aos dezanterio­res”, afirma Gastão Mattos, da Câmara Brasileira de Comércio Eletrônico.

“Parece pouco, mas no varejo online é significat­ivo. Sobretudo as empresas maiores, que conseguem negociar com fornecedor­es, fazia sentido abrir mão de lucro e tentar retomar os pedidos.”

No Magazine Luiza, que deu frete grátis, a situação já se normalizou, diz Eduardo Galanterni­ck, diretor-executivo de ecommerce da marca.

“Houve um impacto em nossas margens, mas pelo menos seguimos com as vendas.”

A Via Varejo, dona das marcas Casas Bahia e Ponto Frio, escolheu incentivar a retirada de compras nas lojas físicas durante a paralisaçã­o e diz já ter voltado ao padrão anterior de entrega gratuita.

Cerca de cinco dias após o fim da greve, as empresas retomaram a cobrança usual.

Procuradas, a Saraiva e a B2W, das marcas Lojas Americanas, Submarino e Shoptime, não quiseram se manifestar.

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Eduardo Knapp/Folhapress

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