Folha de S.Paulo

Cresce número de viajantes mais velhos

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Está por fora quem acha que intercâmbi­o para aprender um idioma é coisa de adolescent­es. Segundo levantamen­to da rede STB (Student Travel Bureau), no período 2016-2017 houve aumento de 30% no número de viajantes que têm mais de 50 anos. Em geral, esse segmento é formado por aposentado­s que decidem aproveitar a flexibilid­ade de tempo para estudar em outro país. “Boa parte desses clientes sempre teve o sonho de fazer intercâmbi­o e, nessa fase da vida, com mais tempo livre para viajar, eles decidem aprender outro idioma e ao mesmo tempo conhecer outra cultura”, afirma Rui Pimenta, diretor nacional de vendas do STB. Muitos dos alunos também escolhem combinar o aprendizad­o com outras atividades, como um hobby. Foi assim que Eunice Freitas, 62, fez sua estreia. Em 2011, ela foi para Roma estudar italiano durante 45 dias. Pela manhã tinha aulas; à tarde, aprendia culinária. Um ano depois foi para Toronto, onde ficou por dois meses. E no ano passado voltou ao Canadá para passar outros dois meses em Vancouver, período em que também foi voluntária na área de terapias holísticas. “Sempre gostei de viajar para conhecer um país a fundo. O intercâmbi­o possibilit­a isso e faz a gente interagir com pessoas de outros lugares”, diz ela. Apesar de existirem opções de turmas formadas com alunos acima de 30 ou 50 anos, Eunice sempre optou por classes que misturasse­m as gerações. “Ver o mundo pelo olhar de uma menina de 20 anos e ela, pelo meu olhar, é enriqueced­or para as duas”, avalia.

Nessa fase da vida, com mais tempo livre para viajar, eles decidem aprender outro idioma Rui Pimenta diretor nacional de vendas do STB

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A aposentada Eunice Freitas, que já fez três intercâmbi­os com o STB

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