Folha de S.Paulo

NA ALEGRIA E NA TRISTEZA

Suécia, Bélgica e Inglaterra venceram nesta segunda (18), aumentando o número de triunfos europeus no Mundial

- Fotos Sergei Grits/Associated Press

Lukaku (9), autor de 2 gols, e o panamenho Escobar fazem oração após a vitória da Bélgica por 3 a 0; no mesmo grupo, a Inglaterra também estreou na Copa com vitória, 2 a 1 na Tunísia

INGLATERRA 2 TUNÍSIA 1

Só faltava a Inglaterra confirmar seu favoritism­o diante da Tunísia para que esta segunda-feira (18), o quinto dia de Copa do Mundo, fechasse com uma trinca europeia de vitórias. Além da seleção campeã em 1966, belgas e suecos também somaram três pontos em seus jogos inaugurais no Mundial da Rússia.

Com dois gols do atacante Harry Kane, os ingleses empatavam a partida até os 46 minutos do segundo tempo, quando o centroavan­te do Tottenham (ING) cabeceou para marcar o seu segundo no jogo e selar a vitória britânica em Volgogrado.

Com os resultados positivos de Inglaterra, Bélgica e Suécia, a Alemanha foi a única seleção da Europa derrotada na primeira rodada até aqui. A Polônia é a última europeia a entrar em campo, nesta terça-feira (19), contra Senegal.

As seleções da Europa são maioria na Copa do Mundo, com 14 representa­ntes de um total de 32. O continente também ficou com os três últimos títulos (Alemanha em 2014, Espanha em 2010 e Itália em 2006) e não poderá ser alcançado neste Mundial: são 11 taças dos europeus, seguidos por 9 conquistas dos países sul-americanos.

As seleções latino-americanas vêm patinando nesta edição do torneio. Só Uruguai e México venceram na primeira rodada. Argentina e Brasil, favoritos contra Islândia e Suíça, respectiva­mente, apenas empataram. Já Peru, Costa Rica e Panamá foram derrotados por seleções europeias. A Colômbia, último time latino-americano a estrear, joga nesta terça contra o Japão.

Harry Kane, capitão da Inglaterra, chegou à Rússia no melhor momento da carreira. Foram 41 gols na temporada somando Inglês, Copa da Inglaterra e Copa da Liga Inglesa, além da Liga dos Campeões, na qual fez sete gols em sete partidas.

Só no ano inteiro de 2017, Kane contabiliz­ou 56 gols, número melhor que os de Messi e Cristiano Ronaldo, que somaram 54 e 53, respectiva­mente. Esse recorde marcou a primeira vez em sete anos que um atleta diferente do argentino ou do português liderou a artilharia anual europeia.

O lateral Kyle Walker, excompanhe­iro de Kane no Tottenham, quase complicou a Inglaterra ao abrir o braço no rosto de Ben Youssef. O tunisiano Sassi bateu bem o pênalti e empatou o jogo. Mas Harry Kane estava lá, nos últimos minutos, para dar à Inglaterra os primeiros três pontos na Rússia. Walker e toda a nação inglesa agradecem.

BÉLGICA 3 PANAMÁ 0

Espera-se muito da seleção belga pelos talentos que reúne no elenco, como a dupla de meias Kevin De Bruyne e Eden Hazard. Mas nem a qualidade dos dois foi capaz de furar o bloqueio panamenho no início da partida em Sochi.

Estreante em Mundiais, o Panamá se defendia com seus 11 homens, sem muitas alternativ­as de jogo para puxar um contra-ataque. Fechados, os debutantes forçaram os europeus a arriscar chutes de longa distância, fazendo o goleiro Jaime Penedo trabalhar bem pelo menos duas vezes.

Contudo, na etapa final, um golaço de Mertens abriu o caminho para a vitória. O atacante do Napoli (ITA) aproveitou rebote da defesa panamenha e chutou de primeira para fazer 1 a 0.

O esquema panamenho foi quebrado quando, enfim, apareceu a qualidade de Hazard e De Bruyne. O camisa 7 recebeu passe do meia do Chelsea e cruzou de três dedos na cabeça de Lukaku.

Com o 2 a 0, o Panamá decidiu se lançar para tentar ao menos descontar. Mas surgiram os espaços e Hazard achou Lukaku que, mais uma vez, superou o goleiro Penedo com um toque sutil por cima.

Lukaku chegou a 38 gols pela seleção, aumentando seu recorde como principal goleador da história da Bélgica.

Aos 25 anos, o atacante do Manchester United (ING) se aproveita do bom momento que vivem Hazard e De Bruyne para seguir ampliando a conta de gols pela seleção.

É no trio de protagonis­tas, auxiliados por bons coadjuvant­es e um goleiro seguro, que muitos se apoiam na hora de colocar a Bélgica como postulante ao título. Terceira seleção no ranking da Fifa, ela venceu nove dos dez jogos nas eliminatór­ias. O talento apareceu em Sochi, o que oferece argumentos para esperar uma boa campanha na Rússia.

SUÉCIA 1

COREIA DO SUL 0

No jogo mais equilibrad­o do dia, a Suécia contou com ajuda do árbitro de vídeo para vencer a Coreia do Sul, em Nijni Novgorod, e conquistar seu primeiro triunfo em jogos de abertura do Mundial desde 1958.

No segundo tempo, o meia Viktor Claesson invadiu a área e foi derrubado por Kim Minwoo. O lance parecia normal e o árbitro nada assinalou, até que recebeu a orientação do árbitro de vídeo e voltou para marcar a penalidade a favor dos suecos.

Fazer gols é um dos problemas que a equipe trouxe para este Mundial. Desde que eliminou a Itália na repescagem, fez somente um gol em quatro partidas, com duas derrotas para seleções que não estão na Rússia: Chile e Romênia. Sem a lenda Ibrahimovi­c no elenco, coube a um zagueiro terminar a sequência de maus resultados.

Andreas Granqvist, 33, é o capitão da seleção e joga no país da Copa, pelo Krasnodar. Foi ele o encarregad­o de cobrar o pênalti e marcar o gol da Suécia, que não jogava a Copa do Mundo desde 2006.

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Carlos Garcia Rawlins/Reuters
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A sequência do primeiro gol de Harry Kane contra a Tunísia: no alto, o atacante aproveita rebote para marcar; no meio, o inglês, ao centro, pula para se atirar no chão durante a comemoraçã­o; acima, jogadores celebram pulando por cima de Kane
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