Com vendas tímidas, 25 de Março torce pelo Brasil na esperança de lucro crescer
Os comerciantes da rua 25 de Março, na região central de São Paulo, são os maiores torcedores do Brasil nesta Copa do Mundo.
A torcida é para que a seleção brasileira avance na Rússia e as vendas de artigos verde e amarelo —que ainda estão tímidas— cresçam mais.
A esperança é que o consumidor supere o trauma do 7 a 1, de quatro anos atrás contra a Alemanha, na semifinal da Copa aqui no Brasil, para voltar a gastar.
“Se a seleção brilhar em campo, as pessoas vão sair para comprar. Ninguém quer se decepcionar de novo”, avalia Tony Graciano, gerente da Distribuidora São Marcos e membro da Univinco (União dos Lojistas da Rua 25 de Março e Adjacências).
Pesquisa divulgada nesta quinta-feira (21) pela ACSP (Associação Comercial de São Paulo) mostrou que 87% dos brasileiros não pretendem fazer compras neste Mundial.
Na Copa do Mundo de 2014, o índice foi de 81%.
Para Marcel Solimeo, economista da associação, o comércio vai precisar ter paciência para vender, porque os consumidores não se prepararam com antecedência. “Saberemos só no decorrer dos jogos”, diz.
O estudante Iasser Kaddourah, 20, e a produtora Zeila Figueredo, 43, aproveitaram que o movimento está tranquilo para fazer compras na região.
“Estamos animados, mas é porque juntamos a família para ver os jogos”, afirmou Kaddourah.
Já a contadora Stefanie Romani, 22, foi ao local para comprar itens juninos que, neste ano, dividem a atenção e as compras na 25.
Nos Armarinhos Fernando, uma das lojas mais tradicionais da região, a sensação já é de vitória. A loja está com alta procura por itens da Copa.
“A busca é principalmente por cornetas e vuvuzelas, mas tudo está indo bem”, afirma Ondamar Ferreira, gerente do local.
O comércio de rua também está animado. “O que mais atrai são produtos diferentes, como máscara dos jogadores”, diz o comerciante Sérgio Santos, mostrando a máscara de Gabriel Jesus.