Folha de S.Paulo

Com dúvida sobre veteranos, Alemanha define seu futuro contra a Coreia do Sul

Campeões mundiais, jogadores como Özil, Khedira e Thomas Müller têm suas vagas entre titulares questionad­as na seleção

- -Eduardo Geraque

ALEMANHA COREIA DO SUL 11h, na Arena Kazan Na TV: Globo, Fox Sports e SporTV

Antes do duelo que vale a classifica­ção alemã às oitavas de final da Copa, o principal dilema do técnico campeão do mundo Joachim Löw envolve questionam­ento sobre o desempenho de veteranos.

A partida desta quarta-feira (27) contra a Coreia do Sul, às 11h, em Kazan, vai revelar até que ponto a comissão técnica alemã pretende manter os jogadores mais experiente­s entre os titulares.

Depois de ser superado na estreia pelo México com Khedira, 31, Özil, 29, e Müller, 28 —que, além de terem obtido o título no Brasil, estavam na Copa de 2010—, Löw abriu mão de dois deles contra a Suécia. Müller foi o único que ficou.

Até então, Özil havia sido titular em 26 jogos seguidos da seleção, entre campeonato­s europeus e mundiais.

Na avaliação do treinador, o futebol apresentad­o contra a Suécia, apesar da vitória obtida apenas no último minuto do jogo em cobrança de falta de Toni Kroos, melhorou. Teve menos erros e mais velocidade na troca de passes.

“Não podemos perder as bolas como temos perdido, principalm­ente no meio-campo. Isso ocorreu muito contra o México e um pouco menos contra a Suécia”, avaliou Löw.

Com o argumento de que cada partida de Copa merece uma estratégia mais adequada, o treinador afirmou na véspera do jogo contra os sul-coreanos que não poderia divulgar a equipe.

Um empate contra o time asiático pode eliminar a Alemanha da Copa (veja as possibilid­ades na página 4). Os europeus jamais voltaram para casa tão cedo em um Mundial.

Além da dúvida sobre Khedira e Özil, que podem voltar ao time se Löw optar pelos medalhões, Müller também corre riscos de virar reserva.

Entre os mais experiente­s, Marco Reus, 29, é um dos que ganharam a confiança do treinador. Não jogou na estreia, mas contra a Suécia teve uma atuação segura. O jogador do Borussia Dortmund está em sua primeira Copa do Mundo, já que se lesionou antes da competição no Brasil.

Se Lahm, aos 30 anos, foi um dos líderes do time que goleou o Brasil por 7 a 1 e ganhou a Copa, na Alemanha todos apostam que Reus possa desempenha­r o mesmo papel.

O meio-campista, chamado de uma “rocha” por Löw, mostrou empenho na vitória contra a Suécia. Ele adaptouse ao jogo, uma de suas marcas, e fez o gol de empate no começo do segundo tempo.

Löw levou para a Rússia 11 jogadores da chamada nova geração. Um dos destaques, Timo Werner, 22, ganhou elogios após ser titular nos dois jogos.

Mesmo não tendo feito gols, sua atuação principalm­ente no segundo tempo contra a Suécia, jogando quase como um ponta-esquerda, deve mantê-lo no time.

Também já foram usados Draxler, Kimmich, Rüdiger, Hector, Plattenhar­dt e Brandt. Ter Stegen, Süle, Ginter e Goretzka ainda não atuaram.

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