SER OU NÃO SER
A decisão do ministro Edson Fachin de levar ao plenário do STF (Supremo Tribunal Federal) o pedido de liberdade de Lula acendeu a luz amarela no PT. Ao justificar sua iniciativa por escrito, ele fez referência à Lei de Inelegibilidade.
Surgiu então o temor de que o plenário da corte, considerado desfavorável ao petista, acabe julgando se ele pode ou não concorrer à Presidência depois de condenado em segunda instância.
Uma eventual decisão desfavorável à candidatura de Lula agora desorganizaria o calendário imaginado pelo PT. O partido pensava em registrar Lula no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) como candidato em agosto. Esgotado o debate na corte eleitoral, recorreria então ao STF, em setembro. Mas o Supremo pode antecipar a discussão.
E Lula pode receber Martinho da Vila na quinta (28). O cantor ainda não confirmou a visita, mas ela já está autorizada.
A campanha de Geraldo Alckmin decidiu intensificar as críticas a Jair Bolsonaro. Há o diagnóstico de que, se não apanhar, o deputado não cairá nas pesquisas.
Num vídeo disparado nesta semana nas redes, a campanha tucana diz: “Não dá para inventar um cara do nada que acha que resolve tudo sozinho, dando murro na mesa. Não é hora para aventura. É hora de usar a cabeça”. Alckmin não é entusiasta dos ataques, mas acabou cedendo.
A equipe do economista André Perfeito, da corretora Spinelli, calculou o impacto que a volta do imposto sobre lucros e dividendos teria nas ações comercializadas no mercado financeiro. Para uma taxação de 5%, o Ibovespa cairia 4,6%, diz ele. “É uma escolha, mas seguramente gerará um ajuste”, afirma.
A proposta, que atingiria contribuintes de maior renda, é defendida por setores do PT, pelo presidenciável Ciro Gomes (PDT-CE) e estudada até mesmo por Rodrigo Maia (DEM-RJ). A taxação existe em todos os países membros da OCDE, com exceção da Estônia.