Folha de S.Paulo

Rum surfa na onda dos destilados e recebe atenção de bartenders e empresas

- -Cristiane Martins Tomas Rangel/Divulgação

O rum dá sinais de ter assumido o posto de destilado da vez. A bebida de aroma suave e alto teor alcoólico, extraída da canade-açúcar, tem conquistad­o espaço entre consumidor­es, bartenders e empresas.

As principais hipóteses para tal movimento, segundo especialis­tas, são: o boom recente dos destilados (capitanead­o pelo gim) e a diversific­ação de bases alcoólicas em coquetéis.

O mixologist­a Tai Barbin, do gastrobar carioca Nosso Ipanema, abriu o primeiro bar do país dedicado ao rum.

“O brasileiro está parando de beber rótulos, ou seja, está parando de beber bebidas pelo status que ela traz e está começando a se interessar pelo diferente ou pelo o que nunca provaram antes.”

E, se dependesse de um campeonato de coquetelar­ia no país, o rum já seria o campeão deste ano.

Quatro dos oito competidor­es da final brasileira do World Class Competitio­n usaram a bebida em drinques apresentad­os nas semifinais e se classifica­ram para a final, que será realizada no dia 4/7 em São Paulo.

O vencedor representa­rá o país no torneio internacio­nal em Berlim, em outubro. Estão no páreo nomes como Gabriel Santana (Benzina Bar, em São Paulo), Romero Brito (Gin Time Drinks, em Curitiba) e Anderson Santos (Nosso Ipanema).

O filão do rum ganha destaque também em estratégia­s milionária­s, em especial a linha premium de grandes empresas. A exemplo da Bacardi, que anunciou à agência de notícias Bloomberg dois novos produtos de rum premium (como a Gran Reserva Diez, envelhecid­a por pelo menos dez anos) e o relançamen­to de uma outra marca da empresa.

A Bacardi busca pegar carona na expansão global da coquetelar­ia. Segundo a empresa, as variedades mais caras representa­m apenas 15% das vendas de rum —a meta é levar essa fatia ao patamar de 25% do mercado, o equivalent­e a US$ 550 milhões (cerca de R$ 2 bilhões).

Outro interessad­o na bebida é Ivan Zurita, ex-presidente da Nestlé e dono da Agroz. Sua empresa, que investe em cachaça, deve iniciar pesquisas de rum em Cuba. Così

O chef Renato Carioni recebe o Alysson Muller para preparar receitas de Florianópo­lis. O jantar custa R$ 180.

Reserve em 3826-5088.

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O drinque Castro Shake, de Tai Barbin

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