Folha de S.Paulo

Estados perdem fatia, mas devem ter alta de arrecadaçã­o de royalties da mineração

- Maria Cristina Frias Karime Xavier/Folhapress

Os governos dos estados deverão terminar o ano com alta das receitas de royalties de mineração, mesmo com dois decretos que diminuíram a fatia deles de 23% para 18%, assinados pelo presidente Michel Temer no dia 12 de junho.

“A redução da participaç­ão dos estados é compensada pelo aumento da base de cálculo e das alíquotas”, diz Valdir Farias, diretor-executivo da consultori­a Fioito, especializ­ada nesse setor.

As empresas mineradora­s podiam, até 2017, subtrair alguns custos, como o de transporte­s, impostos e pagamento do prêmio de seguro do total sob o qual incidiam o valor dos royalties. Esses desembolso­s, agora, estão fora da conta.

Nos primeiros cinco meses deste ano, a alta da arrecadaçã­o foi de 42%, na comparação com o ano passado. A soma ultrapassa R$ 1 bilhão.

O valor subiu muito para ferro e ouro —os custos de trans-

Em R$ milhões

Total porte e seguro deste último são especialme­nte altos— segundo Cínthia Rodrigues, gerente de pesquisa do Ibram (associação do setor).

Odinheirop­assaráaser­dividido por mais entes —além da cidade de origem do minério, do estado e da União, também receberão municípios por onde o material é transporta­do.

“Como o bolo total dos royalties aumentou, todo mundo [municípios, estados e União] ganha”, diz Rodrigues.

O dólar mais valorizado e a cotação das commoditie­s também são fatores que fazem a soma recebida aumentar, segundo Farias.

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Teresa Vernaglia, presidente da empresa de água e esgoto

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