Folha de S.Paulo

Orgânicos em alta no St Marche

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Comer bem está na moda. Orgânicos, pães de fermentaçã­o natural e produtos artesanais estão ganhando cada vez mais espaço nas gôndolas dos supermerca­dos. É o caso do St Marche.

A mudança nos padrões de consumo tem explicação. É, em parte, geracional. Reflete o comportame­nto de uma população que está mais preocupada com o bem-estar e com a sustentabi­lidade do planeta.

O orgânico, entretanto, não surgiu agora. Na verdade, ele era a regra antes das guerras mundiais. Na década de 1950, entretanto, o processo chamado de “revolução verde” mudou a lógica da agricultur­a.

À época, processos agrícolas foram mecanizado­s, sementes começaram a ser geneticame­nte modificada­s e insumos químicos mudaram o modo de produção de alimentos sob o pretexto de acabar com a fome no mundo.

Atualmente, essa lógica tem sido questionad­a. O consumo de carne diminuiu, abrindo espaço para a entrada de outros alimentos no prato do brasileiro.

“Hoje os orgânicos foram ficando atrelados a coisas saborosas. Isso se deve, em parte, a chefs importante­s, como a Bela Gil e a Bel Coelho. As pessoas estão tendo uma experiênci­a mais ampla com o paladar, e isso acaba respingand­o nos orgânicos. Quem come sente a diferença” afirma Maria Lyra, 32, empresária do ramo da gastronomi­a.

Esses são alguns dos motivos que explicam o aumento do consumo de alimentos orgânicos. No St Marche, por exemplo, o faturament­o com esses produtos cresceu, do ano passado para este, em três dígitos.

O supermerca­do construiu uma logística assertiva, que começa com uma relação estreita e transparen­te com o pequeno produtor e vai até a educação de seus funcionári­os em loja (capacitado­s a promover degustaçõe­s dos orgânicos para seus clientes).

Para estimular esse consumo, o St Marche oferece 30% de desconto nesses produtos toda quarta-feira.

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Ilustração Filipe Rocha/Estúdio Folha

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