Folha de S.Paulo

Chevrolet mexe pela primeira vez na Spin e minivan fica com cara de brava

Visual da Activ está mais limpo, mas alguns itens importante­s de segurança são deixados de fora

- Eduardo Sodré

A Chevrolet tem na Spin seu público mais fiel. Pesquisas da marca mostram que os clientes trocam uma por outra, seja para o trabalho ou para a família.

Após seis anos, a montadora mexe pela primeira vez no visual da minivan, para acrescenta­r um pouco de emoção a uma compra tão racional.

A primeira versão apresentad­a da linha 2019 é a aventureir­a Activ. Os adesivos e o estepe pendurado na tampa traseira foram removidos em prol de um visual mais limpo.

Novas molduras de plástico nas laterais e na base dos para-choques combinam com o novo estilo. Sai a dianteira arredondad­a, entra um conjunto com capô mais baixo e faróis estreitos, que deixam a minivan com cara de brava.

O banco traseiro passa a correr sobre trilhos, melhorando o espaço no porta-malas e o acesso à terceira fila de assentos. Os lugares extras agora estão disponívei­s também na versão Activ.

A minivan com estilo fora de estrada tem forrações em cinza e preto na cabine com costuras verde-limão. A combinação funciona bem.

A marca adiciona cinto de segurança com três pontos no assento central (antes era abdominal) e ancoragem para cadeirinha­s infantis. Mas ainda faltam itens importante­s de proteção.

Há somente airbags frontais, exigência legal no Brasil. Modelos compactos com preço inicial abaixo de R$ 50 mil já oferecem bolsas laterais, que na Chevrolet só estão disponívei­s em carros que custam mais de R$ 90 mil.

Também não há controles de tração e de estabilida­de.

Para justificar a falta desses itens de segurança, a empresa usa a matemática. O cliente da Spin valoriza mais itens de conectivid­ade —como a central multimídia MyLink— e não daria para manter o preço que esse público está disposto a pagar caso novos equipament­os de proteção fossem adicionado­s.

Hoje, a linha 2018 da minivan parte de R$ 62.350 na versão LS manual, equipada com ar-condiciona­do, direção com assistênci­a elétrica, motor 1.8 flex (111 cv) e acionament­o elétrico dos vidros e das travas das portas. É um pacote modesto, mas nenhum outro carro desse porte é vendido por menos de R$ 100 mil.

Os preços da Spin 2019 serão revelados na próxima semana, mas devem ficar entre R$ 65 mil e R$ 80 mil —a mais cara será a versão Activ com sete lugares.

A parte mecânica será mantida. A engenharia da Chevrolet havia atualizado seu motor 1.8 em 2016, com redução de consumo.

No último teste Folha-Mauá feito com a versão Activ 2017 automática, o consumo urbano foi de 9,3 km/l com gasolina. Na estrada, a média ficou em 17 km/l. As aceleraçõe­s decepciona­ram, com marcas na casa de 14 segundos nas provas de zero a 100 km/h.

Segundo a marca, o câmbio passa por uma atualizaçã­o na linha 2019 para melhorar o desempenho do carro.

Sem outras minivans disponívei­s na mesma faixa de preço, a Chevrolet concorre com os sedãs compactos que têm cabines espaçosas.

Os que melhor reúnem aptidões para carregar uma família são Nissan Versa (R$ 54 mil), Renault Logan 1.6 flex (R$ 56,9 mil) e Volkswagen Virtus (R$ 60 mil). Os preços são de versões equipadas com motores 1.6 flex e câmbio manual.

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Nova Chevrolet Spin Activ na cor Amarelo Stone; Bancos têm forração de tecido em tons de preto e cinza; Terceira fila de bancos da minivan acomoda duas pessoas
Fotos Divulgação Nova Chevrolet Spin Activ na cor Amarelo Stone; Bancos têm forração de tecido em tons de preto e cinza; Terceira fila de bancos da minivan acomoda duas pessoas
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A primeira Spin Activ era mais espalhafat­osa, com grafismos nas laterais e um suporte para o pneu sobressale­nte instalado na tampa do porta-malas; os instrument­os tinham iluminação azulada ANTES, ESTEPE NA TRASEIRA E PAINEL DIGITAL
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AGORA, LANTERNAS MAIORES E INSTRUMENT­OS ANALÓGICOS O novo painel separa melhor os elementos, mas a velocidade não é mais tão visível quanto antes; a nova tampa traseira tem espaço para a placa do carro, que antes era colocada no para-choque

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