Folha de S.Paulo

Gabriel Jesus tenta evitar pior jejum desde 1966

- CM, DG, LC e SR

O atacante Gabriel Jesus, 21, ganhará mais uma chance como centroavan­te titular da seleção brasileira, mas pode ser a última nesta Copa do Mundo.

Sem fazer gols no torneio, o jogador do Manchester City está próximo de atingir seu maior jejum na equipe. Pior, poderá repetir um feito negativo registrado pela última vez em 1966, quando o camisa 9 do Brasil terminou um Mundial sem marcar gols.

A marca é do ex-atacante gremista Alcindo. Desde então, todos os camisas 9 do Brasil fizeram gols em Copa.

Artilheiro da era Tite com dez gols, Gabriel Jesus não marca pela seleção desde os 36 minutos do primeiro tempo da vitória sobre a Áustria, por 3 a 0, em amistoso realizado no último dia 10.

Desde então, passou em branco contra Suíça, Costa Rica e Sérvia. Um jejum que já dura 299 minutos.

Apesar de ainda não ter comemorado o seu gol na Copa, o centroavan­te tem crédito com o treinador. Ele estreou pela equipe brasileira junto com Tite, em setembro de 2016, quando fez dois gols e sofreu um pênalti no triunfo sobre o Equador por 3 a 0.

Jesus já viveu uma seca semelhante no time. Após marcar durante o segundo tempo da vitória sobre o Peru, pelas eliminatór­ias sul-americanas, o atacante ficou quatro partidas sem comemorar um gol. Ele só voltou a balançar a rede na etapa final do triunfo sobre o Chile: um total de 373 minutos sem gols na seleção.

Na oportunida­de, ficou sem marcar no amistoso contra a Argentina e nos confrontos com Equador, Colômbia e Bolívia, pela fase classifica­tória.

Gabriel Jesus teve poucas oportunida­des até agora no Mundial da Rússia, mas, quando apareceu, concluiu errado. O atacante revelado pelo Palmeiras desperdiço­u uma chance em jogada aérea contra a Suíça e duas conclusões diante da Sérvia.

O jogador não teve nenhuma finalizaçã­o certa nas três partidas do Brasil.

Centroavan­te titular mais novo da seleção brasileira em Copas desde Mazzola em 1958, Gabriel Jesus demonstra, pelo menos nas palavras, que não está incomodado. Ele se defende das críticas mostrando seu comprometi­mento tático com o resto da equipe.

Contra a Sérvia, puxou a marcação e permitiu a infiltraçã­o livre de Paulinho no lance do primeiro gol.

“Eu não tenho que ficar falando o que faço ou deixo de fazer em questão de tática. Eu fui de lateral esquerdo enquanto o Filipe Luís não entrava [para substituir Marcelo contra a Sérvia]”, disse o jogador.

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