Cidade que recebe jogo do Brasil é centro aeroespacial
Palco do jogo do Brasil nesta segunda-feira (2) nas oitavas de final da Copa, Samara é a sexta maior cidade da Rússia —com 1,1 milhão de habitantes— e é conhecida por ser um polo de desenvolvimento aeroespacial, com fábricas e universidades.
Não à toa, o nome oficial do estádio que recebe as partidas do Mundial é Arena Cosmos, chamada pela Fifa no torneio apenas de Arena Samara. Ela lembra o formato de um disco voador. O time local, que volta a disputar a primeira divisão russa na temporada 2018/19, também tem um nome bem ligado à vocação do município: Krilia Sovetov. Na tradução para o português significa Asas Soviéticas.
Foi em Samara —que na época se chamava Kuibishev— que foi construído o foguete Vostok, que levou à órbita a primeira nave espacial tripulada, onde estava Iuri Gagárin (19341968), o mais famoso dos cosmonautas russos.
Na volta à Terra, Gagárin passou um tempo descansando na cidade e ajudando nos projetos de desenvolvimento aeroespacial da União Soviética durante a Guerra Fria.
Uma das principais atrações turísticas de Samara —que não são muitas— é o Museu Cosmonáutico, inaugurado em 2007.
Na entrada há um foguete da família Soiuz, fabricado no Centro Espacial de Progresso de Foguetes (Progress Rocket Space Centre), em Samara. A empresa é controlada pela Roscosmos, a estatal russa para voos espaciais e o programa cosmonáutico.
Dentro do museu há trajes usados por astronautas, cápsulas nas quais homens viajaram ao espaço e uma mostra de matrioskas (tradicionais bonecas) temáticas que narram a história da corrida espacial.
Já a Universidade Estatal Aeroespecial de Samara é uma das mais conceituadas do país e está em funcionamento desde 1942. Hoje abriga cerca de 15 mil estudantes e conta com 35 laboratórios.
Há também fábricas que produzem motores de aviões e outros componentes para aeronaves, além de peças usadas em satélites.