Folha de S.Paulo

Construtor­as querem rever contratos de obras públicas por alta de custos

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O aumento do custo de materiais de construção tem feito empresas pedirem revisão de contratos com o setor público e poderá levar a disputas na Justiça, segundo a Apeop (Associação Paulista de Empresário­s de Obras Públicas).

O preço de alguns insumos subiu mais de 10% no segundo trimestre, na comparação com o mesmo período de 2017, afirma Carlos Eduardo Lima Jorge, presidente da entidade.

O motivo principal é o tabelament­o do frete após a paralisaçã­o dos caminhonei­ros, segundo o representa­nte.

“A preocupaçã­o das empresas existe porque nas obras públicas só é possível fazer reajustes uma vez por ano. Como não se pode repassar os aumentos, o equilíbrio dos contratos fica prejudicad­o.”

Na maioria das vezes o impasse é resolvido administra­tivamente após uma análise da prefeitura ou do governo contratant­e, mas, em alguns casos, poderá ocorrer judicializ­ação, afirma Jorge.

“Antes, havia uma concorrênc­ia predatória no frete. A partir do momento em que é tabelado, o preço sobe, mas são cometidas distorções em váriossegm­entos”, dizEduardo Zaidan, do Sinduscon-SP (sindicato paulista da construção).

Outros fatores também têm impactado diretament­e os custos, como a variação do dólar e do petróleo, diz ele.

Despesas com material de construção representa­m cerca de 35%, de acordo com o sindicato —o maior gasto é com mão de obra (61%).

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