Metalúrgicos defendem veto a acordo de brasileira com Boeing
O Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e Região vai pedir ao governo federal e ao Congresso o veto ao acordo anunciado nesta quinta-feira (5) entre Embraer e Boeing.
De acordo com o sindicato, a operação coloca em risco a soberania nacional e milhares de empregos do setor aeronáutico no país.
“A joint venture entre Embraer e Boeing não é um negócio qualquer. A empresa brasileira é a terceira maior exportadora do Brasil. Está atrás apenas da Vale e da Petrobras. Trata-se do único setor de tecnologia intensa que possui superávit na balança comercial brasileira”, diz trecho de comunicado do sindicato.
Segundo a entidade, como detentor de golden share (ação que dá poder de veto sobre decisões da companhia), o governo federal “tem a obrigação de vetar a negociação” com a Boeing.
O sindicato também afirma que, diferentemente do que a Embraer disse em comunicado, a união das empresas não proporcionará benefícios ao país.
“Desde que os planos de venda foram divulgados, no fim do ano passado, as demissões não param de acontecer na Embraer. Embora o sindicato não tenha acesso a números oficiais, estima-se que neste ano já foram demitidos cerca de 300 funcionários”, disse a entidade.
Segundo o diretor do sindicato Herbert Claros, que é funcionário da Embraer, os empregados temem mais demissões.