Lula e o Judiciário
A vergonhosa tentativa de libertar o ex-presidente Lula mostra de forma cristalina a fragilidade da Justiça. Definitivamente, falta muito para sairmos do atoleiro (“Juiz manda soltar Lula, abre guerra de decisões e é derrotado”, Poder, 9/7). Luciano Nogueira Marmontel
(Pouso Alegre, MG)
Vergonhosa a atitude de um juiz de primeira instância, em férias, que interfere na decisão de um desembargador. Contra o ex-presidente trabalham nas férias e até aos domingos. A Lava Jato só quer manter preso o troféu Lula.
Wilson Ronaldo de Oliveira (Curitiba, PR)
Se Lula tivesse sido solto, uma nova prisão dele teria tudo para causar uma tragédia. Quem mais poderia agir para evitar isso senão as pessoas que efetivamente agiram? Há quem queira ignorar essa ação heroica e crucificar esses homens públicos de caráter invejável. Para isso, relevam a gravidade da ordem de soltura e se apegam a filigranas jurídicas para ressaltar os efeitos colaterais do remédio, omitindo a doença.
Thyrso de Carvalho Júnior
(Pereira Barreto, SP)
Que tivessem trabalhado rápido como nunca antes na história deste país já era motivo de espanto. Que se abalem nas férias é de deixar qualquer um de queixo caído. Só mesmo o ex-presidente Lula para conseguir tanto empenho e voluntarismo. Quem mais?
Celso Balloti (São Paulo, SP)
Considera-se a atitude do desembargador Rogério Favreto, atropelando o colegiado a partir de um pedido político-partidário estrategicamente feito após o pôr do sol de sexta (6) e atendido nas sombras do domingo, um passa-moleque? Ou um desprezo à ordem hierárquica? Wagner Martins da Costa (São Paulo, SP)
É comum um juiz em férias no exterior (Sergio Moro) se dar ao trabalho de interferir na decisão de outro juiz que liberta alguém (Lula) condenado por ele? A Justiça não deveria ser impessoal?
Paulo Cesar de Oliveira (Franca, SP)
Por erros propositais, por ignorância jurídica ou por ideologia, o fato é que os juízes dos tribunais superiores estão levando o Judiciário às traças. Sebastião Feliciano (Taubaté, SP) Após acompanhar com estupefação o “bangue-bangue” judicial, o pronunciamento do professor Carlos Velloso, impecável em sua análise e ponderações, evidenciou que já não se fazem juízes como antigamente (“Polêmicas no STF influenciam comportamento de juízes”, Entrevista da 2ª, 9/7).
Rubem Prado Hoffmann Junior, procurador de Justiça aposentado (São Paulo, SP)