Folha de S.Paulo

Destaque da Bélgica entrou em campo pela 1ª vez ainda na barriga da mãe

- AS, DG e LC

Eden Hazard, 27, tem o futebol no sangue. Filho de ex-jogadores, o atacante é um dos principais nomes da seleção belga que nesta terça (10) enfrenta a França por uma vaga na final da Copa do Mundo da Rússia.

Seu pai, Thierry, atuou como volante em times da segunda divisão do país. Já sua mãe era atacante na primeira divisão feminina. Ela se aposentou três meses após engravidar.

O talento esportivo também foi transmitid­o para seus irmãos mais novos. Thorgan, 25, que está no elenco belga na Rússia, defende o Borussia Mönchengla­dbach (ALE); Kylian, 22, faz parte do time sub-23 do Chelsea (mesmo clube do irmão mais velho); e Ethan, 14, está nas categorias de base do Tubize (BEL).

Na infância, Eden Hazard jogou no mesmo clube do irmão mais novo. Foi lá que ele chamou a atenção do Lille (FRA), onde fez a maior parte de sua formação como jogador até se profission­alizar, em 2007.

“A família dele sempre acompanhou sua carreira. Desde o início dava para perceber que ele era um jogador fora do comum. Decidia o jogo com lances geniais”, diz o brasileiro Túlio de Melo, que atuou com o belga na França de 2008 a 2012.

“Conheci o Hazard quando ele era da base. Ele começou a treinar na equipe principal com apenas 16 anos. Aos 17, já era imprescind­ível”, lembra Túlio.

A ligação do jogador com a França, adversária da Bélgica na semifinal do Mundial, é anterior à passagem do jogador pelo clube francês. Em entrevista recente, ele admitiu que torcia mais pelos rivais desta terça que pela seleção do seu país.

“Em 1998 a França foi campeã mundial. Naquela época os jogadores da França eram melhores que os da Bélgica, e digo isso com todo o respeito. Sempre nos sentimos belgas, mas apoiávamos a seleção francesa”, disse o jogador que tinha sete anos em 1998 e foi criado na região da Valônia, onde predomina o idioma francês.

Seu objetivo agora é bater a seleção na qual se inspirou quando criança. Se conseguir fazer isso e levar a Bélgica a uma inédita final de Mundial, o jogador poderá até sonhar com o título de melhor do mundo, desbancand­o os franceses Pogba, Griezmann e Mbappé.

“Queremos mais. Será um grande jogo, e cabe a nós fazer nosso trabalho”, disse após a vitória sobre o Brasil nas quartas.

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