Folha de S.Paulo

Como será o amanhã?

- Daniela Lima painel@grupofolha.com.br

Os dois procedimen­tos a que Sergio Moro responde no Conselho Nacional de Justiça só devem ser avaliados na gestão do ministro Dias Toffoli, que assume o colegiado em setembro. A primeira apuração trata da quebra do sigilo de conversa entre a então presidente Dilma Rousseff e Lula. A segunda, recente, da guerra de liminares sobre um habeas corpus do petista. Como o ex-presidente está no centro dos episódios, membros

do CNJ dizem que nada os impede de unir as ações.

EmpoEirado O primeiro procedimen­to aberto contra Moro refere-se a episódio de 2016. Ele está na pauta do colegiado, mas nunca foi chamado para deliberaçã­o pela atual presidente, Cármen Lúcia.

diga-mE O segundo caso foi aberto nesta terça (10) após a guerra de liminares sobre habeas corpus de Lula.

diga-mE 2 Neste, o CNJ quer entender se Moro agiu de maneira atípica ao interrompe­r as férias para despachar, se quebrou a hierarquia ao desqualifi­car a polêmica decisão de Rogerio Favreto e se, ao admitir ter acionado outros juízes do TRF-4, indicou ligação excessiva com o caso.

Não dói Ainda que o CNJ opte por punir o juiz, os que apostam mais alto acham que o colegiado lançará no máximo uma advertênci­a contra ele.

dEixE-os O presidente da Associação dos Juízes Federais, Fernando Mendes, vai falar com o corregedor do CNJ, João Otávio de Noronha, sobre os procedimen­tos contra Gebran Neto, do TRF-4, e Moro. Sustenta que não há motivo para processo disciplina­r.

sE virE Favreto, que determinou a soltura de Lula no domingo (8) e desencadeo­u a confusão, não é associado à Ajufe. Juiz de segundo grau, ele não pode ser alvo de advertênci­a ou censura. Sobrariam as penas mais duras, que vão de remoção à aposentado­ria compulsóri­a.

digitais Apesar de a decisão de Favreto ter sido vista como teratológi­ca, só haveria motivo para punição, dizem integrante­s do CNJ, se provarem que ele fez contato com petistas.

CErCado O MBL apresentou representa­ção à Corregedor­ia do TRF-4 contra Favreto. Quer que ele tenha a conduta apurada no próprio tribunal.

armas No ColdrE Após uma série de conversas, TCU e AGU fizeram um ensaio de trégua. A Advocacia-Geral da União ficou de enviar os termos do acordo de leniência da Odebrecht para a corte, que recuaria da disposição de anular o trato desde que ele preservass­e sua competênci­a para apurações adicionais.

mEus siNais Antes de aceitar integrar o time que coordenará a campanha de Geraldo Alckmin (PSDB), o prefeito Bruno Covas (PSDB-SP) disse que só toparia a empreitada se o tucano tivesse palanque único no estado. O presidenci­ável concordou.

iNspirados A plataforma online criada pela campanha de Alckmin para receber propostas para o plano de governo já contabiliz­a mais de 500 sugestões. Ela foi lançada há pouco mais de uma semana.

plaNo B Com a desistênci­a do apresentad­or José Luiz Datena (DEM) de concorrer ao Senado, coordenado­res da campanha de João Doria (PSDB), pré-candidato ao governo paulista, acertaram que a vaga na chapa do tucano será destinada ao deputado Ricardo Tripoli (PSDB-SP).

Fui O deputado estadual Cauê Macris (PSDB-SP) pleiteava o posto, mas disse se retirar da disputa em “prol da unidade partidária” depois que Covas declarou apoio a Tripoli.

dE Casa Caberá ao PSD, de Gilberto Kassab, indicar o titular da segunda vaga da chapa de Doria para o Senado. Ele deve ceder o posto a Mara Gabrilli (PSDB-SP).

sai dEssa Embora o governo Michel Temer esteja pressionan­do o PP a apoiar o nome de Henrique Meirelles (MDB) na campanha à Presidênci­a, dirigentes do partido dizem que as chances de isso ocorrer são remotas.

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