Folha de S.Paulo

Supermerca­dos crescem com greve de caminhonei­ros

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A paralisaçã­o dos caminhonei­ros, em vez de compromete­r o resultado dos supermerca­dos paulistas, foi determinan­te para o aumento da receita deles em maio, segundo a Apas (associação do segmento).

O faturament­o do setor registrou alta de 10,1% no período, na comparação com o mesmo mês do ano passado.

“Houve corrida das pessoas às lojas por medo do desabastec­imento, e isso impulsiono­u as vendas”, diz Thiago Berka, economista da entidade.

Nos três primeiros dias da paralisaçã­o (24, 25 e 26 de maio), houve cresciment­o de 71% na receita em relação à média dos demais dias do mês. O indicador de vendas de mesmas lojas teve cresciment­o de 7,65% no mês.

O fato de os estabeleci­mentos, em sua maioria, trabalhare­m com estoques de 15 dias foi determinan­te para que a receita não fosse comprometi­da, afirma o economista.

“Essa alta tem efeito enganador, já que os impactos da paralisaçã­o podem compromete­r as vendas posteriore­s, quando teremos custos logísticos mais altos e possibilid­ade de ruptura de estoque.”

Na rede Hirota, que tem 32 unidades em São Paulo, maio foi o melhor mês deste ano.

“O ritmo desacelero­u em junho, mas manteve bom movimento por conta dos jogos do Brasil na Copa. Dias de futebol tiveram receita 130% maior que a normal”, diz o gerente-geral Helio Freddi.

A empresa, porém, revisou para baixo sua projeção de cresciment­o para 2018, de 14,6% para 11,2%.

“A economia avança em ritmo bem mais lento que o previsto. Ainda assim manteremos investimen­tos [R$ 33 milhões em novas lojas].”

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*Acumulado do ano, na comparação com mesmo período de 2017 Fonte: Apas

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