Casas recheiam o tradicional mil-folhas com novos sabores
Doce é tema de festival em São Paulo, onde ganha versões com pistache e frutas vermelhas com chocolate
São Paulo O tradicional milfolhas, que hoje experimenta variações no recheio, conquistou fãs com as três camadas que intercalam massa folhada, creme de baunilha e açúcar de confeiteiro polvilhado no final.
Embora a massa folhada já fosse conhecida entre gregos e árabes, a receita eternizada do doce vem da Paris aristocrática, mais precisamente do cozinheiro e confeiteiro francês Marie-Antoine Carême (1784-1833), que montava seu pequeno bolo com exatamente 729 camadas de massa e 729 camadas de manteiga.
“Como todo grande cozinheiro usa a praticidade para criar o fantástico, MarieAntoine Carême, em vez de perder a conta, arredondou o número e chamou-o logo de mil-folhas”, diz a jornalista e escritora Lucrecia Zappi no livro “Mil-folhas - História Ilustrada do Doce”.
Mas hoje casas investem em recheios como o de creme de milho com mirtilos congelados e canela (do restaurante Ema, em São Paulo; R$ 31), ou o de morangos, creme de mascarpone e calda de baunilha (do restaurante italiano Zucco, em São Paulo; R$ 34).
A Confeitaria Dama, tradicional em São Paulo, realiza anualmente um festival da sobremesa —neste ano, começou em 5/7 e vai até setembro. Nele, a a dupla Daniela e Mariana Gorski apresenta o doce com recheios como pistache, caramelo, brigadeiro e frutas vermelhas com chocolate (R$ 15,50, a unidade).Há também a versão com camadas banhadas no chocolate e dois recheios em um doce só.
Os quitutes podem ser provados em qualquer unidade da confeitaria (Pinheiros, Higienópolis, shoppings Cidade Jardim e JK Iguatemi). Cada loja tem seu horário para o festival —em Pinheiros, por exemplo, é de quinta a domingo.
-Cristiane Martins