Folha de S.Paulo

Figura da noite e fiel escudeiro, Jimmy the Dancer protagoniz­a novo clipe da banda

- RG

Em videoclipe que lança nesta segunda (16), o Bixiga 70 destaca um mito da noite paulistana que se tornou essencial aos shows da banda.

É Jimmy the Dancer, nome artístico do paulistano Fábio da Silva Francisco, 41.

Esguio, vestindo estampas coloridas e levando um cajado, ele tornou-se um quaseBixig­a com muito molejo: de tanto e tão energetica­mente dançar, foi alçado ao palco nos primeiros shows, em 2010.

Sua trajetória começou em 2001, quando ainda era Fábio e lidava com “fitas erradas”. Aficionado de reggae e dub, conheceu Fábio Murakami, o Yellow P, do Dubversão Sistema de Som, que fazia festas de som jamaicana e eletrônica.

“Distribuía flyer, colava pôster. Foi quando Fábio traficava...”, diz, mesclando personas.

Hoje Jimmy divulga festas, como Fresh! e Java. Cola cartazes dos shows e ajuda da limpeza à estrutura de palco.

Quando não está “no rolê”, escreve ficções e faz desenhos.

Mas a rotina nem sempre foi tranquila: morou na rua, apanhou de policiais e viveu com africanos no centro —eles lhe dão tecidos para suas vestes.

Há dois anos, Jimmy passou por cirurgia que lhe tirou dores nas costas. Também viu fazer efeito os anos de tratamento no Caps e arrumou endereço fixo. Hoje é visto como uma antena de pessoas e eventos que estão para estourar.

Mas nada parece alegrá-lo mais que dançar ao Bixiga 70.

“Ele é muito importante. Com seu sorriso, fixa comunicaçã­o até mais do que nós, músicos”, define Cris Scabello.

Jimmy se orgulha do afeto dos amigos e, como eles, sente-se ansioso pelos shows. O motivo atende por Maria da Graça: “É a 1ª vez que minha mãe vai me ver dançar!”

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Reprodução Jimmy the Dancer em cena do novo clipe doB ixiga 70

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