Eleição em confederação do comércio tem disputa jurídica com ameaça de processos
A chapa de oposição nas eleições pela presidência da CNC (Confederação Nacional do Comércio) entrou com pedidos de impugnação de todo o processo eleitoral da entidade e, se não forem atendidos, vai judicializar a questão.
A votação, marcada para 27 de setembro, é a primeira após 36 anos de liderança do atual mandatário, Antonio Santos. No período em que esteve à frente, não houve disputa pelo posto.
O comitê eleitoral é todo formado por pessoas ligadas aos candidatos da situação, afirma Hugo Loula, advogado que representa os oposicionistas.
O pedido de impedimento foi feito na última sexta-feira (13) e incluiu ainda a contestação da candidatura de quatro membros da outra chapa.
O aspirante ao cargo de presidente da situação, José Roberto Tadros, deveria ser impugnado por falta de decoro e malversação de recursos —ele foi condenado pelo TCU por nepotismo—, segundo Loula.
Entre os candidatos a vice, há alguns que foram afastados da estrutura da CNC pela Justiça e outros que tiveram suas contas rejeitadas.
“Consideramos a possibilidade de entrar com ação na Justiça para logo”, afirma ele.
A ameaça “é chicana jurídica, jus sperneandi”, diz Tadros. A oposição sabe que vai perder e tenta atemorizar os concorrentes, afirma.
“Judicializar sem argumento não gera efeito, a não ser com objetivo de forçar a situação a fazer um acordo que já refutamos. Os cargos que oferecemos à outra chapa não eram os que eles queriam, então eles pretendem nos chantagear, no bom sentido, claro.”