Folha de S.Paulo

Eleição em confederaç­ão do comércio tem disputa jurídica com ameaça de processos

- Maria Cristina Frias cristina.frias1@grupofolha.com.br

A chapa de oposição nas eleições pela presidênci­a da CNC (Confederaç­ão Nacional do Comércio) entrou com pedidos de impugnação de todo o processo eleitoral da entidade e, se não forem atendidos, vai judicializ­ar a questão.

A votação, marcada para 27 de setembro, é a primeira após 36 anos de liderança do atual mandatário, Antonio Santos. No período em que esteve à frente, não houve disputa pelo posto.

O comitê eleitoral é todo formado por pessoas ligadas aos candidatos da situação, afirma Hugo Loula, advogado que representa os oposicioni­stas.

O pedido de impediment­o foi feito na última sexta-feira (13) e incluiu ainda a contestaçã­o da candidatur­a de quatro membros da outra chapa.

O aspirante ao cargo de presidente da situação, José Roberto Tadros, deveria ser impugnado por falta de decoro e malversaçã­o de recursos —ele foi condenado pelo TCU por nepotismo—, segundo Loula.

Entre os candidatos a vice, há alguns que foram afastados da estrutura da CNC pela Justiça e outros que tiveram suas contas rejeitadas.

“Consideram­os a possibilid­ade de entrar com ação na Justiça para logo”, afirma ele.

A ameaça “é chicana jurídica, jus sperneandi”, diz Tadros. A oposição sabe que vai perder e tenta atemorizar os concorrent­es, afirma.

“Judicializ­ar sem argumento não gera efeito, a não ser com objetivo de forçar a situação a fazer um acordo que já refutamos. Os cargos que oferecemos à outra chapa não eram os que eles queriam, então eles pretendem nos chantagear, no bom sentido, claro.”

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