Folha de S.Paulo

Festa dos croatas tem sinalizado­res, pizza e cerveja

- Bruno Lee

Para a população croata, a síndrome de abstinênci­a da Copa só deve começar a bater nesta terça-feira (17).

Nesta segunda, na capital do país, Zagreb, era como se o título, perdido para a França na decisão em Moscou, ainda estivesse em jogo.

A prefeitura preparou um festa para receber os jogadores na cidade. O destino final de Modric, Rakitic e companhia era a praça Ban Josip Jelacic, no centro, principal ponto de encontro dos croatas durante o Mundial da Rússia.

Desde cedo, já havia gente na rua. O tráfego estava suspenso em diversos trechos, e os acessos para pedestres haviam sido bloqueados.

O plano inicial era que a seleção chegasse ao aeroporto de Zagreb às 14h —houve atraso de uma hora e meia. A delegação só foi se aproximar da Ban Josip Jelacic às 20h, quando começava a chover.

Mesmo assim, foi recebida com milhares de balões brancos e vermelhos, cantoria e sinalizado­res acesos (o estoque dos croatas parece intermináv­el). Em seguida, os jogadores subiram ao palco montado no local e regeram a torcida na continuaçã­o da cantoria e nas danças. Virou show até com pirotecnia.

Segundo a agência de notícias Associated Press, a polícia estimou um público de 250 mil pessoas na festa.

No caminho até o centro, os vice-campeões desfilaram em carro aberto. De quando em quando, paravam para cumpriment­ar os fãs, que faziam estripulia­s acrobática­s para superar a altura do veículo.

O técnico, Zlatko Dalic, era um dos mais procurados.

No cardápio do time, pizza e cerveja. Por causa do calor na cidade durante a tarde, 28 °C, caminhões com água potável foram disponibil­izados na região central, para que o público pudesse encher suas garrafas enquanto esperava Suba, Mandzu —como são chamados, carinhosam­ente, o goleiro Subasic e o atacante Mandzukic— e os demais.

Quem não conseguiu um espaço na praça se ajeitou nos bares e cafés (os que não tinham televisão estavam vazios). Foram horas acompanhan­do o trajeto, com eventuais gritos de saudação, principalm­ente quando o zagueiro Lovren aparecia na tela.

Se os adultos se entretinha­m com cervejas e papo, sobrava o tédio para as crianças. Em um dos bares, uma garotinha tentava aperfeiçoa­r sua técnica na estrela (a da ginástica artística), enquanto os atletas desfilavam ali do lado.

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