Folha de S.Paulo

Blitz une novidades a hits inoxidávei­s em show

Turnê do álbum de inéditas ‘Aventuras II’, que vem lotando plateias desde o ano passado, chega a SP nesta quarta

- Thales de Menezes Marcelo Coelho O colunista está em férias

são paulo A Blitz mostra nesta quarta (18), em São Paulo, a turnê de seu sexto e mais recente álbum de inéditas, “Aventuras II”, que desde o ano passado lota plateias.

A banda carioca vive uma popularida­de forte, incomum para um grupo em sua quarta década de atividade e ainda produzindo músicas novas.

“O disco é uma boa desculpa para continuar na estrada”, afirma à Folha o cantor Evandro Mesquita, 66. O álbum traz 13 faixas. “Estrangeir­o Aventureir­o”, “Nu na Ilha” e “Noku Pardal” já entraram para a galeria de sucessos obrigatóri­os nos shows.

A Blitz mistura no palco as composiçõe­s recentes com o resgate dos hits de “As Aventuras da Blitz”, o álbum de estreia que introduziu, em 1982, um “rock brasileiro”.

No repertório, canções inoxidávei­s como “Você Não Soube Me Amar” ou “Vítima do Amor”. “É maravilhos­o ter nossos clássicos, aquelas cartas na manga. Mas é fundamenta­l ter coisas novas”, diz Evandro. “Acho que o disco novo tem um astral parecido com o do primeiro, daí esse nome. A gente fez sem pressão de gravadora. Temos nosso próprio estúdio agora, então gravamos sem taxímetro rodando, sabe? Foram dois anos e meio gravando.”

Além de Evandro Mesquita, o grupo ainda tem da formação dos anos 1980 o tecladista Billy Forghieri e o baterista Juba. Completam o ti- me Rogério Meanda (guitarra), Claudia Niemeyer (baixo) e as vocalistas Andréa Coutinho e Nicole Cyrne.

O disco teve convidados de várias gerações, incluindo contemporâ­neos da Blitz, como Paralamas e Frejat, a jovem em ascensão Alice Caymmi e alguns nomes nada roqueiros, como Pretinho da Serrinha e Zeca Pagodinho.

Até a estreia fonográfic­a da banda, o rock era desprezado pelas gravadoras, com exceção do prestígio pontual de Raul Seixas e Rita Lee. “As Aventuras da Blitz” é para o chamado BRock o que “Chega de Saudade” representa para a bossa nova. Foi o marco inicial, que abriu uma nova fatia de público novo para o mercado fonográfic­o, motivando as gravadoras a buscar algum “roqueiro” para seu cast.

Nos meses seguintes, chegaram às lojas outros álbuns de estreia. Pela ordem, “Barão Vermelho”, “Tempos Modernos” (Lulu Santos), “Cena de Cinema” (Lobão) e “Voo de Coração” (Ritchie). Só um ano depois teriam vez nomes de Brasília e de São Paulo.

Esse berço carioca teria causado dificuldad­e para a Blitz entre o público paulista? “Eu sentia esse lance mais da imprensa do que do público, que sempre recebeu a gente superbem, em shows lotados. São Paulo era mais dark, a Blitz era colorida demais!”

O show no Theatro NET pode ter convidados. “Encontramo­s o Lobão, e ele gravou no disco que fez em homenagem aos anos 1980 a nossa ‘Vítima do Amor’. Então convidamos para que ele vá ao show, vamos ver se rola.” Lobão foi baterista da primeira fase da Blitz, mas deixou o grupo antes de o primeiro álbum sair.

“Nossos shows sempre têm esse espírito de roda de capoeira, de tocar violão em volta da fogueira. Os amigos chegam e vão entrando.”

Blitz

Quarta (18), às 21h, no Theatro Net, Shopping Vila Olímpia, r. Olimpíadas, 360, tel. (11) 34485061. Ing.: R$ 80 a R$ 200.

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M.Miki/Divulgação Evandro Mesquita (ao centro) e a Blitz, que se apresenta na noite desta quarta (18) no Theatro Net

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