DST bacteriana preocupa médicos britânicos
Uma bactéria que provoca uma infecção sexualmente transmissível, o Mycoplasma genitalium, apelidado de MG, tem chamado a atenção de médicos no Reino Unido.
Associação Britânica de Saúde Sexual e HIV (BASHH, na sigla em inglês) emitiu novas diretrizes na última semana com o objetivo tentar evitar que o micro-organismo se torne resistente a múltiplos antibióticos —ou seja, virtualmente intratável.
A estimativa atual é que o micro-organismo afete 1 a cada 100 pessoas. No limite, anualmente cerca de 3.000 mulheres britânicas teriam uma severa doença inflamatória na pelve, correndo risco de se tornarem inférteis.
Os sintomas infecção por M. genitalium nem sempre dão as caras. Assim como a infecção por clamídia,pode haver dor ao urinar, especialmente em mulheres, mas a maior parte dos atingidos não têm queixas.
Para o médico Paddy Horner, membro da BASHH e pesquisador da Universidade de Bristol, houve avanço com um teste diagnóstico recentemente lançado naquele país, embora a alternativa ainda não se encontre amplamente disponível no serviço público. “Se as práticas não mudarem, o MG tem o potencial para se tornar uma superbactéria em uma década, resistente a antibióticos de primeira e de segunda geração”, afirma Horner.
Em suma, as diretrizes da BASHH pedem que os profissionais solicitem testes para saber com que bactéria estão lidando e façam um uso racional de antibióticos, seguindo um algoritmo predeterminado para as os diversos graus de gravidade, seja uma infecção inicial, uma recorrente ou uma com complicações, por exemplo.