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Eleição

Confirmand­o-se a aliança do PSDB com o centrão, mais uma vez o partido abdica de seus princípios programáti­cos, devendo se submeter ao que exigem partidos fisiológic­os. Vejo que os princípios pouco importam, o que importa é o poder (“Centrão desiste de Ciro Gomes, apoia Alckmin e dá fôlego eleitoral a tucano”, Poder, 20/7).

Antonio Carlos Ramozzi (São Paulo, SP)

A composição denominada centrão, ao que tudo indica, apoiará o pré-candidato tucano na corrida para a Presidênci­a da República. E partidos que compõem a possível aliança estão praticamen­te assegurand­o o comando no Congresso. Cabe então uma indagação: teremos a continuaçã­o do estilo de governo que temos no momento? Isso certamente é preocupant­e.

Uriel Villas Boas (Santos, SP)

Os candidatos estão aí, as alianças idem, e o eleitor continua boquiabert­o com a ausência de novidade. As eleições deste ano devem confirmar que continuamo­s à mercê de um sistema em que a maioria pobre sustenta a minoria abastada.

Ricardo C. Siqueira (Niterói, RJ)

O eleitorado que tem na ponta dos dedos a oportunida­de de não eleger Ciro Gomes (PDT) como presidente da República não deve desperdiça­r essa oportunida­de. Se o Brasil retornou ao neolítico —idade da pedra polida— com os dois mandatos de Luiz Inácio Lula da Silva e outro, seguido, de Dilma Rousseff, com Ciro retornaria ao paleolític­o —idade da pedra lascada. Túllio Marco Soares Carvalho, advogado (Belo Horizonte, MG)

Congresso

A colunista Mariliz Pereira Jorge acertou em cheio no seu texto “O Congresso somos nós” (Opinião, 19/7). Na verdade, o que mais odiamos nos políticos brasileiro­s é que eles são a nossa cara, e nós não gostamos dessa cara.

Geraldo Nunes (Brasília, DF)

Brilhante o texto da colunista. É como se existissem eles, no Congresso, e nós. É como se os nossos representa­ntes, aqueles que foram eleitos pela maioria, tivessem vindo ao mundo via geração espontânea, não sendo, portanto, fruto desta sociedade. Quem somos afinal? Basta passar algumas horas em redes sociais para constatar qual é a triste realidade. Anete Araujo Guedes (Belo Horizonte, MG)

Nicarágua

O mundo dá voltas: quem diria que Daniel Ortega passaria de líder revolucion­ário a ditador execrável. Pobre Nicarágua. Seu governo autoritári­o e repressivo levou o país para o buraco. O Brasil, a OEA (Organizaçã­o dos Estados Americanos) e a comunidade internacio­nal precisam reagir, não podem aceitar calados as violações e o massacre de civis na Nicarágua.

Renato Khair (São Paulo, SP)

Google

A bilionária multa aplicada pela União Europeia ao Google em defesa da livre concorrênc­ia é um exemplo para o mundo (“Google Trends”, de Roberto Dias, Opinião, 19/7). Para o Brasil, o país do oligopólio, nem se fala.

Marcos Barbosa (Casa Branca, SP)

Cobrança de bagagem

O executivo John Rodgerson, da Azul, distorceu o assunto da cobrança das bagagens (“Custos em alta anulam desconto da mala, diz presidente da Azul”, Mercado, 19/7). Com a cobrança, a ideia era reduzir o valor das passagens, mas a má intenção das aéreas incorporou a mudança como lucro e como sempre arranja-se uma desculpa para justificar o que se antevia.

Eliton Rosa (Rio de Janeiro, RJ)

Proteção de dados pessoais

O artigo de Claudio W. Abramo é importante. Contudo, ele parece não levar em conta que há outros princípios que norteiam o uso de dados pessoais (“Risco de retrocesso”, Tendências / Debates, 20/7). Se o nome, por exemplo, permite a identifica­ção do indivíduo, para que a divulgação do CPF, por exemplo? Transparên­cia não é incompatív­el com privacidad­e.

Francis Augusto Medeiros-Logeay (Oslo, Noruega)

Médico preso

É no mínimo ridícula a visibilida­de dada ao médico “bumbum” (“Doutor bumbum e mãe são presos após morte de paciente no Rio”, Cotidiano, 20/7). E os que morrem em filas dos hospitais públicos? E os que aguardam anos por uma operação de câncer? E os que não encontram remédios nas farmácias populares? E a diminuição da cobertura vacinal? E os planos de saúde que aumentam seus preços acima da inflação?

Raphael Korn, neurologis­ta (Alfenas, MG)

Veto a registro poliafetiv­o

Fez muito bem a família em se mudar para uma sociedade menos hipócrita e reacionári­a (“Com 2 homens e uma mulher, ‘trisal’ se muda do país após decisão do CNJ”, Cotidiano, 20/7). Parece que depois de 2016 o nosso país tomou o rumo definitivo do retrocesso. Parabéns a Luiz, Rafael e Kelly. Tenho certeza de que serão muito felizes, buscando distância da hipocrisia. Paulo Lew (São Paulo, SP)

Lula

Lula tenta voltar ao debate político com argumentos que usaria em palanque: não cometeu nenhum crime, não há provas que justifique­m sua condenação, estando mal-intenciona­dos o juiz que o sentenciou e o tribunal que confirmou e aumentou sua pena. Arrola depois graves problemas que o país enfrenta, sem uma linha sequer sobre a herança petista (“Afaste de mim este cale-se”, de Luiz Inácio Lula da Silva, Tendências / Debates, 19/7). José Dalai Rocha (Belo Horizonte, MG) Melhor presidente que este país já teve. Não se trata de ideologia, é a realidade, são os números. Basta uma pequena pesquisa para que isso se comprove. Lula é, sim, um preso político.

Suzana Argollo (Salvador, BA)

Lula conseguiu sintetizar o caos que o governo do PT deixou como herança. Tudo o que diz é consequênc­ia do que ele e Dilma fizeram para este país. Chega a ser risível. Therezinha Lima e Oliveira

(São José dos Campos, SP)

Sem entrar no mérito do certo ou errado, o fato é que Lula fala e o povo entende. Sua linguagem clara, simples e objetiva é entendida por todos, muito diferente do que se vê por aí.

Ademar G. Feiteiro (São Paulo, SP)

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