Folha de S.Paulo

Argentinos têm que parar de pensar em dólar, afirma Macri

- Sylvia Colombo

Como parte de sua campanha para recuperar popularida­de —que caiu de 58% a 35% em seis meses, em razão da crise econômica e da política de ajustes—, o presidente da Argentina, Mauricio Macri, concedeu na quinta (19) uma entrevista por Instagram, editada e publicada nas redes sociais nesta sexta (20).

Nela, Macri agiu de forma mais descontraí­da e sem tantas respostas prontas que pareciam decoradas, como o fez em coletiva, na quarta (18).

O presidente não usou meias palavras para dizer que a Argentina vive uma crise e “que temos que nos acostumar com as subidas do dólar, porque agora temos um tipo de câmbio flutuante”. E recomendou a seus seguidores que “parem de pensar em dólares e passem a pensar mais em pesos”.

Neste ano, o dólar acumula alta de 48,5% em relação ao peso.

Logo, porém, veio outra cobrança. “Por que tudo está tão caro?”, perguntou um seguidor. Macri respondeu que “houve erros de projeção do governo e não foi possível frear o aumento de muitos itens”.

Em junho, a inflação foi de 3,7% em relação a maio, de acordo com o Indec (órgão equivalent­e ao IBGE na Argentina).

Além disso, disse que a inflação é uma prioridade que “tem de ser resolvida, mas que eu pensei que ia ser mais simples, admito que a subestimei”.

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