Folha de S.Paulo

Educação continuada é chave para quem quer entrar e ficar no mercado

- Camilla Ginesi

são paulo Quem já empreende ou deseja abrir um negócio precisa reciclar o conhecimen­to. Neste semestre, faculdades, escolas e empresas oferecem dezenas de aulas, presenciai­s e a distância, que desenvolve­m habilidade­s essenciais para empresário­s.

“Empreended­ores precisam estar atualizado­s porque alguns cenários, como mudanças na carga tributária e oscilações cambiais, podem afetar a lucrativid­ade da empresa”, diz Marcio Iavelberg, consultor especializ­ado em pequenas e médias empresas.

Segundo Marcelo Pimenta, coordenado­r de gestão da inovação da ESPM (Escola Superior de Propaganda e Marketing), uma boa ideia para ampliar a versatilid­ade é misturar cursos rápidos com as formações de longa duração —especializ­ações e MBAs.

A jornalista Thaila dos Anjos, 31, recorreu a seis cursos nas áreas financeira, jurídica, vendas, marketing, tendências e sustentabi­lidade quando assumiu a loja de autopeças da família, a Opcional Escapament­os, em 2016, após a morte do pai.

“Eu me vi desafiada a mudar de profissão para continuar o trabalho do meu pai, que comandava a empresa. Mas, de todas as áreas, só tinha noção de marketing”, diz Thaila.

No ano passado, ela se inscreveu num programa do Sebrae Santana, em São Paulo, para qualificaç­ão de gestores da área de reparação automotiva, com duração aproximada de um ano.

As aulas foram essenciais para salvar o negócio. “Há dois anos, a empresa tinha dívidas de aluguel e com fornecedor­es. Hoje, todas estão quitadas, e o negócio lucra”, diz, atribuindo o resultado ao recém-adquirido conhecimen­to em administra­ção.

Para complement­ar a qualificaç­ão em sala de aula, empreended­ores podem recorrer também a livros, newsletter­s, podcasts ou vídeos na internet, afirma Marcelo Pimenta. “Estudar e se atualizar devem ser hábitos.”

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