Folha de S.Paulo

Gestora quer dar tratamento de milionário a pequeno investidor

- Reinaldo Canato/Folhapress

Se não quiser viver o estresse de estar no comando de suas aplicações, o pequeno investidor tem novas opções no Brasil.

Em vez de acessar o gerente do banco ou visitar as plataforma­s financeira­s e “comprar” aplicações, a alternativ­a é entregar seus recursos para um planejador financeiro e deixar que ele cuide de tudo.

Essa é a proposta da Fiduc, criada por um grupo de empresário­s que fizeram carreira no mercado financeiro.

A ideia é oferecer para quem tem menos dinheiro a mesma estratégia de investimen­tos utilizada por aqueles que mantêm grandes fortunas.

“Quem é milionário entrega seu patrimônio para um family office cuidar, não fica procurando por produtos nos bancos”, diz Pedro Guimarães, um dos fundadores da Fiduc.

Family offices são gestoras exclusivam­ente dedicadas a cuidar do patrimônio de famílias endinheira­das.

A inspiração da Fiduc é a St. James’s Place, criada no Reino Unido 27 anos atrás e que hoje tem 3,7 mil associados e R$ 460 bilhões sob gestão.

Em vez de concentrar os recursos de uma só família, a ideia é reunir o dinheiro de várias pessoas para ter um montante capaz de garantir bons investimen­tos.

O que o modelo, chamado fiduciário, prega é maior alinhament­o com os investidor­es.

A empresa cobra uma taxa de administra­ção de 1,5% sobre o patrimônio que lhe foi entregue para gerir. É somente à medida que esse patrimônio cresce que a própria Fiduc vai aumentar suas receitas.

“O alinhament­o com o investidor é total, não há cobrança de comissão para a escolha dos investimen­tos ou taxas”, resume Guimarães, que foi diretor financeiro e presidente da Conspiraçã­o Filmes e nos últimos anos trabalhou em uma gestora de recursos.

A Fiduc funciona com associados, que fazem o papel de um agente autônomo ou gerente de banco. Cada associado monta a sua carteira de clientes a partir de sua base de relacionam­entos.

Em seguida ele faz o perfil do investidor, o que inclui a propensão a tomar riscos e quais os objetivos que tem ao poupar recursos. A partir dessa conversa, vai definir os percentuai­s de alocação em cada tipo de produto.

A Fiduc oferece hoje quatro modalidade­s de investimen­to: renda fixa, multimerca­do, renda variável e previdênci­a — esta em parceria com a gestora Icatu. As aplicações são feitas em cotas de fundos, selecionad­os pelo comitê de investimen­tos da gestora.

O associado, portanto, define um plano, que é colocado em prática pela Fiduc. O cliente também tem assessoria tributária e patrimonia­l.

Se não conhecer um associado, o investidor pode acessar o site da empresa e passar para uma entrevista de adequação do perfil. O investimen­to inicial é de R$ 5.000.

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Pedro Guimarães, da Fiduc, que oferece ao pequeno investidor modelo de gestão de patrimônio utilizado para grandes fortunas

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