Tite renova contrato para comandar a seleção brasileira até a Copa de 2022
Técnico comandará equipe na Copa América e nas eliminatórias para o Mundial, ambas em 2019
brasília e rio de janeiro O técnico Tite, 57, acertou a renovação do contrato com a CBF para comandar a seleção brasileira até a Copa de 2022.
O acordo foi finalizado nesta quarta-feira (26). Os valores da negociação não foram revelados. Contratado em 2016 para substituir Dunga, o treinador recebe cerca de R$ 600 mil por mês e não ganhará um aumento com o novo contrato.
“A experiência desse primeiro ciclo estabeleceu uma relação de confiança entre todos, que vai se refletir no próximo passo”, afirmou o técnico, em nota divulgada pela CBF na tarde desta quarta.
Com Tite, o Brasil foi eliminado do Mundial da Rússia após ser derrotado pela Bélgica, por 2 a 1, nas quartas de final. Após o jogo, ainda na Rússia, o treinador recebeu convite para permanecer no cargo.
O coordenador de seleções, Edu Gaspar, também foi mantido no cargo. Ele teve o seu contrato renovado até o Mundial do Qatar. Na hierarquia da CBF, Gaspar é o chefe de Tite. Ele foi o responsável por toda a logística da equipe no Mundial.
A CBF não informou se os outros integrantes da comissão técnica serão mantidos. Cleber Xavier e Matheus Bacchi deverão seguir. Xavier é auxiliar do treinador e Bacchi, que é filho de Tite, tem o cargo de auxiliar-técnico e tecnológico da seleção brasileira.
A negociação com Tite foi feita por Rogério Caboclo, principal executivo da CBF e presidente eleito da entidade. Ele assume o poder em abril.
Agora, o treinador terá como missão rejuvenescer o grupo. Os zagueiros Thiago Silva e Miranda, o volante Fernandinho, todos com 33, e o lateral Marcelo, 30, dificilmente conseguirão disputar outro Mundial por causa da idade.
Na próxima semana, Tite já começa a trabalhar. Em agosto, ele fará a primeira convocação após permanecer no cargo, quando chamará os jogadores para duas partidas amistosas nos Estados Unidos, em setembro.
No dia 7 de setembro, a equipe nacional enfrenta os donos da casa. O segundo compromisso será provavelmente contra El Salvador, no dia 11, em Washington.
Há dois anos no cargo, o treinador acumulou 20 vitórias, quatro empates e duas derrotas no período.
Antes da Copa do Mundo de 2022, no Qatar, Tite terá um compromisso decisivo no próximo ano: a Copa América.
Até a convocação final para a disputa do torneio, ele comandará o time em oito amistosos. A Copa América vai ser realizada em cinco cidades, São Paulo, Rio, Porto Alegre, Belo Horizonte e Salvador.
A comissão técnica também será reduzida. No Mundial, Tite contou com a ajuda de 40 profissionais.
Logo após a Copa América, a seleção começa a disputar as eliminatórias do Mundial. O torneio começa no segun- do semestre de 2019.
Com o acordo firmado nesta quarta, Tite é o primeiro treinador a permanecer no cargo após ser eliminado em um Mundial desde Cláudio Coutinho, que comandou o time nacional na Copa de 1978.
Depois do torneio, ele permaneceu no cargo para o ciclo do Mundial de 1982, mas caiu três anos antes, em 1979.
Naquele período, o time nacional venceu cinco partidas, empatou três e perdeu duas. O empate contra o Paraguai, por 2 a 2, pela semifinal da Co- pa América de 1979, foi a sua última partida. Após a eliminação no torneio, ele foi substituído por Telê Santana.
Desde a saída de Del Nero, Silveira foi deixado de lado. Ele ficou fora da delegação que embarcou para o Mundial da Rússia.
A cúpula da CBF acreditava que o assessor poderia ser detido no exterior por causa de sua proximidade com os últimos três presidentes da CBF.
Aliados dos ex-cartolas temem que o agora ex-funcionário possa revelar informações sobre negociações e rotinas na CBF. Teixera, Marin e Del Nero foram denunciados pelo FBI por receberem propina na venda de direitos de torneios no Brasil e no exterior.
Marin está preso desde 2015, quando o FBI fez uma operação na Suíça.
A entidade agora é comandada por coronel Nunes, substituto de Del Nero. Ele ficará no poder até abril, quando Rogério Caboclo, que venceu a última eleição, assumirá o cargo.
Silveira ajudou Del Nero a deixar a Suíça às pressas durante a operação do FBI.
O assessor começou na CBF contratado por Teixeira nos anos 1990. Ele vendia queijo para funcionários da entidade. Teixeira, que tinha o hábito de beber uísque depois do expediente, acabou virando freguês de Silveira.
Em seguida, foi chamado para fazer a manutenção dos telefones da entidade até ser contratado para cuidar da agenda do cartola.
Nos últimos meses da era Teixeira, os dois romperam a parceria, mas Silveira conseguiu manter o seu poder com a dupla Marin e Del Nero.
O prestígio de Silveira era tanto que ele chegou a ganhar premiação pelas conquista nas Copas do Mundo de de 1994 e 2002.
Ele recebeu R$ 75 mil brutos em 2002, cerca de R$ 220 mil atualmente. A CBF justificou o pagamento do “bicho” alegando que o assessor esteve com Teixeira “em atividades políticas”.