Folha de S.Paulo

Indecisão de Josué Alencar irrita aliados de Alckmin

- Daniel Carvalho, Marina Dias e Gustavo Uribe

A indefiniçã­o do empresário Josué Alencar (PR) sobre aceitar ou não ser vice na chapa de Geraldo Alckmin (PSDB) ao Planalto irritou os líderes do centrão, que já não contam com uma sinalizaçã­o positiva do mineiro.

A reunião entre Alckmin e a cúpula do bloco formado por DEM, PP, PR, SD e PRB na noite desta quarta (25) terminou sem que eles soubessem se o filho do ex-vice-presidente José Alencar aceitará ou não ser candidato a vice. Líderes do blocão disseram que, até o fim da noite, não haviam sido procurados pelo empresário.

Sem o desfecho da novela, estes partidos oficializa­rão o apoio a Alckmin às 10h desta quinta (26) se mono medo candidato a vice, esperarão uma respostaat­éomeio-diaeentão, reúnem-se para avaliar possíveis nomes para um plano B.

“Ajustamos um encontro depois do anúncio [de apoio], oportunida­de em que esperamos ter uma confirmaçã­o de eventual concordânc­ia ou negativa por parte de Josué Alencar e, caso haja negativa, vamos nos debruçar sobre a identifica­ção de um nome”, disse o presidente do DEM, ACM Neto, ao deixar reunião na casa do senador Ciro Nogueira (PI), presidente do PP.

Os aliados de Alckmin podem sair do novo encontro sem fechar um nome e levar opções para que Alckmin escolha. “Não temos pressa para definir”, afirmou o tucano após a reunião desta noite. “Se [Josué] puder, ótimo. Se não puder, vamos escolher sem pressa”, disse Alckmin, tratando como data limite o dia 4 de agosto, quando o PSDB faz sua convenção nacional.

Mas o discurso de paciência não é comum a todos os integrante­s da aliança. “Acho que o Josué não foi muito correto fazendo a gente esperar este tempo”, disse o presidente do Solidaried­ade, Paulinho da Força, ao chegar à casa de Ciro Nogueira.

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