Maior parte da receita do jornal The Guardian passa a vir das edições digitais
O faturamento obtido a partir das edições digitais dos jornais The Guardian e de sua versão dominical, o Observer, passou a representar pela primeira vez a maior parte do faturamento do GMG, grupo que os edita.
Nos 12 meses terminados em abril, a receita que veio das edições digitais foi de £ 108,6 milhões (R$ 530 milhões).
O valor ficou acima do obtido com as edições impressas e os eventos produzidos pelo grupo, que geraram £ 107,5 milhões (R$ 524,6 milhões).
A receita digital cresceu 15% em um ano, enquanto o faturamento com jornais impressos e eventos caiu 10%.
O GMG não cobra pelo acesso aos textos nas edições digitais. A companhia optou por modelo baseado em contribuições voluntárias de leitores.
Segundo o GMG, 570 mil pessoas davam apoio regular às publicações a partir da internet em abril, 70 mil a mais do que no mesmo mês de 2017.
A companhia também recebeu 375 mil contribuições esporádicas nos últimos 12 meses terminados em abril.
Os sites dos jornais atraíram mensalmente 150 milhões de visitantes. No mesmo período do ano passado, a média era de 140 milhões.
A circulação do Guardian em sua edição impressa é de 138 mil exemplares diários.
Em meio a um plano de reestruturação de três anos, iniciado em 2016, o GMG estima estar próximo do ponto de equilíbrio (quando receitas e despesas se igualam) em um ano.
Para isso, o grupo vem cortando custos, incluindo redução do número de funcionários com planos de demissão voluntária e mudança no formato do jornal, que passou a circular como tabloide.
Em dois anos, o prejuízo caiu de £ 57 milhões (R$ 278 milhões) para £ 19 milhões (R$ 92,7 milhões).