Engenheiro carioca vira paparazzo de tubarão
O engenheiro carioca Roberto Formiga, 37, descobriu um mundo diferente debaixo d’água há 20 anos, quando começou a mergulhar. Foi então que decidiu registrar em imagens o que via.
Após anos fotografando peixes e corais no litoral do Rio de Janeiro, veio a vontade de mostrar algo maior: tubarões.
Ele explica as dificuldades para registrar o predador: “Tem que manejar muitas coisas ao mesmo tempo, o animal, a profundidade, o tempo de mergulho, as configurações da câmera.”
Para evitar acidentes, o mergulhador deve estar atento aos movimentos do peixe e nadar com calma, com os braços juntos ao corpo.
Sua primeira experiência foi nas Bahamas, em 2016, quando fotografou o tubarão-galha-branca-oceânico.
“O animal te estuda muito, pode até te tocar com a ponta do focinho para entender o que você é”, diz Formiga, que afirma nunca ter se sentido ameaçado por tubarões.
Em 2017, o carioca viajou a Guadalupe, no México, para ver a espécie mais famosa do peixe: o tubarão-branco.
O mergulho foi em gaiolas feitas de aço inoxidável, que impedem o contato físico entre homem e animal.
De dentro das grades, registrou o tubarão abocanhando um cardume de peixes, o que lhe rendeu o primeiro lugar na categoria “foto de vida selvagem” em premiação da ONG The Nature Conservancy.
“Quero ajudar a tirar a imagem negativa desses animais, mostrar que são bonitos e importantes para os mares”, afirma o fotógrafo.