Folha de S.Paulo

Nova piscina turbina restaurant­es do Copa

Hotel do Rio cria um pool bar com tapas e pizzas e faz transforma­ção radical na aparência e no cardápio do Pérgula

- Josimar Melo O jornalista viajou a convite do Belmond Copacabana Palace

Depois de um período fechada para reforma, a emblemátic­a piscina do hotel Belmond Copacabana Palace, no Rio, foi reinaugura­da, e com ela seu entorno gastronômi­co —bares e restaurant­es que a ladeiam, inclusive o premiado restaurant­e asiático Mee— ganhou vigor.

A área da piscina teve o piso renovado e ganhou mobiliário e paisagismo do escritório Burle Marx. Uma mudança bem chamativa foi a criação do pool bar —um balcão onde são oferecidos drinques, tapas e pizzas, com a animação de um DJ nas noites de quinta-feira a sábado.

Mas a novidade mais marcante aconteceu no restaurant­e Pérgula, cujas mesas transborda­m para a parte externa, à beira da piscina. O local sempre foi um carismátic­o ponto de encontro não só de hóspedes do hotel mas também de moradores da cidade.

Em sua primeira grande reforma em 24 anos, o restaurant­e (que foi fundado em 1949), já bastante desgastado na aparência e na gastronomi­a, passou por uma transforma­ção radical.

Ganhou maior transparên­cia (agora é possível avistar melhor o mar por seus janelões), decoração moderna e calorosa, uma cozinha aparente, uma mesa coletiva, um bar voltado para as mesas da piscina —e um cardápio renovado, com pratos instigante­s de base mediterrân­ea e produtos de tradição brasileira assinados pelo chef Filipe Rizzato.

Como exemplo dos novos pratos estão tempura de lagostim, quiabo e shiitake (R$ 64); polvo grelhado com batatas ao murro e molho romesco (R$ 98); bife de chorizo, legumes e manteiga queimada (R$ 98) e tangerina, mousse de baunilha, sorbet de tangerina e manga (R$ 32).

O histórico hotel Copacabana Palace, inaugurado em 1923 e comprado em 1989 pelo grupo Belmond, já teve um restaurant­e famoso na cidade, o Bife de Ouro, com vista para a piscina. Desde 1994, esse espaço se tornou o Cipriani, de cozinha italiana.

A casa ganhou uma grande reforma anos atrás e, desde 2016, passou ao comando do chef italiano Aniello Cassese, que desde 2008 vinha trabalhand­o com o grupo de Gordon Ramsay (seu último posto foi de chef executivo do restaurant­e assinado pelo inglês no hotel Castel Monastero, em Siena, na região da Toscana).

Nello, como é conhecido, concebeu dois tipos de cardápio para o Cipriani: o almoço tem pratos regionais italianos, mais no estilo trattoria, como vitelo tonnato, ravióli de ossobuco com creme de batata, açafrão e gremolata, bife à milanesa e cannolo siciliano.

Já no jantar há um menu com produtos selecionad­os (importados e locais) e que podem ser servidos como menu-degustação, em cerca de 15 pequenas porções (R$ 420 por pessoa). Uma opção é o serviço na mesa do chef, na cozinha, com vista para o trabalho dos cozinheiro­s.

São pratos delicados: a bala recheada de negroni, os cogumelos com mousseline de lagostim e vieira, o javali com terra de cacau, abóbora e chocolate e o chocolate branco com azeite extravirge­m, pistache e limão siciliano.

Em termos de prestígio, com entrada por uma das laterais da piscina, o ponto gastronômi­co que mais brilha é o asiático Mee, aberto em 2014.

Com sua moderna decoração de inspiração oriental, o local tem atraído um grande público da cidade —além de conquistar pelo quarto ano uma estrela no guia Michelin.

O cardápio do chef Kazuo Harada, recém-saído do restaurant­e, ainda está em vigor, mas, naturalmen­te, deve se esperar novidade. E que não se limitará ao balcão de sushi —além de pratos japoneses, o menu do Mee viaja por China, Coreia, Vietnã e Tailândia.

Um tipo especial de café da manhã está sendo lançado também pelo Copacabana Palace, com a volta de uma atividade que no passado angariou até prêmios para o hotel.

Trata-se do Corcovado Experience: um passeio organizado em parceria com a Arquidioce­se do Rio de Janeiro, em que um grupo de hóspedes é levado ao alto do morro do Corcovado e ali, aos pés do Cristo Redentor, e antes que o local seja aberto, pode assistir ao nascer do sol.

É um espetáculo deslumbran­te, acompanhad­o por kits de desjejum e café. A experiênci­a acontece só aos sábados e requer a participaç­ão de 12 pessoas, ao preço de R$ 850 (mais impostos) cada uma.

 ?? Tomas Rangel/Divulgação ?? Vieira, couve-flor e quinoa crocante (R$ 68), do restaurant­e Pérgula, no hotel Copacabana Palace
Tomas Rangel/Divulgação Vieira, couve-flor e quinoa crocante (R$ 68), do restaurant­e Pérgula, no hotel Copacabana Palace

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