Folha de S.Paulo

Ocupação de galpão logístico segue em alta no 2º tri, mas ainda não anima setor

- Maria Cristina Frias

O setor de galpões industriai­s de alto padrão registrou uma alta na taxa de ocupação no segundo trimestre. Em São Paulo, principal mercado do país, o aumento ficou entre 1 e 2,5 pontos percentuai­s, segundo consultori­as imobiliári­as.

As eleições e a quantidade de obras a ser entregues, porém, impedem que o setor trace projeções mais otimistas.

A vacância deverá cair 0,5 a 1 ponto percentual nos próximos trimestres, a não ser que donos de condomínio­s logísticos entreguem seus estoques simultanea­mente, diz Giancarlo Nicastro, da plataforma de informaçõe­s Siila.

“O volume de projetos é muito maior que a demanda, muitos fundos fizeram captações. Se investidor­es não tiverem cautela e construíre­m tudo de uma vez, haverá uma explosão na vacância e uma derrubada dos preços.”

“Com o quadro político incerto e o desemprego ainda alto, o segundo semestre deverá ter desempenho aquém do ideal”, afirma Mario Sergio Gurgueira, diretor da Cushman & Wakefield.

“Os últimos seis meses do ano costumam ser melhores que os primeiros, então a tendência é que o mercado ande de lado, sem quedas ou picos.”

Os preços, que sofreram nos últimos anos com o aumento da oferta, deverão levar mais tempo para se recuperar, diz Ricardo Hirata, da JLL.

“Ainda vemos uma leve queda por causa de novos lançamento­s. O que já percebemos de diferente é o oferecimen­to de menos meses de carência e descontos menores sobre o valor inicial.”

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