Folha de S.Paulo

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Eleições

Fiquei muito satisfeito com a decisão da senadora Ana Amélia (PP) de ser vice de Geraldo Alckmin (PSDB) na disputa ao Planalto. Ela é uma guerreira, ferrenha defensora da Lava Jato (“Senadora gaúcha Ana Amélia, do PP, aceita ser vice de Alckmin”, Poder, 3/8).

João Henrique Rieder (São Paulo, SP)

A senadora Ana Amélia, que tem uma bonita ficha corrida de trabalho, salvará muitos votos para Geraldo Alckmin, cujo governo no estado de São Paulo não passou de medíocre.

Otávio de Queiroz (São Paulo, SP)

É fato que, mesmo com uma plêiade de defensores, o ex-presidente Lula não está conseguind­o reverter nos tribunais superiores a sua prisão após condenação em segunda instância (“Agosto”, de Eleonora de Lucena, Tendências / Debates, 3/8). A Lei da Ficha Limpa sancionada por ele mesmo diz que políticos condenados em segunda instância se tornam inelegívei­s. Isto quer dizer que, para apoiadores do “messias”, não importa se ele seja condenado num processo com amplíssima defesa, desde que ele tenha o apoio da população para manter a sua candidatur­a? Lamentável.

Tsuneto Sassaki (São Paulo, SP)

Nasci em 1954, logo não acompanhei o trágico ano político. Porém, defenderia os interesses da nação ao lado de Getúlio Vargas. O ótimo artigo de Eleonora de Lucena, exeditora-executiva da Folha ,éum contrapont­o ao desastroso editorial “Provocação barata” (3/8). Antônio Mattar (Rio de Janeiro, RJ) Lei se cumpre, não se discute. Um ser humano condenado em segunda instância não pode ser eleito. Assim diz a Lei da Ficha Limpa. Fim. Não tem discussão, muito menos argumentaç­ão, menos ainda tentativa de reversão na Justiça. Será que essa impostura, esse disparate de tentar “mexer” na lei ocorre em outros países do mundo? Duvido. Em “Candidato, Meirelles diz que mundo não se divide entre Lula e Temer” (Poder, 3/8), o candidato do MDB à Presidênci­a declara que o país não precisa de um “messias, que veste uniforme de salvador da pátria” nem de “um líder destempera­do”, em referência clara a Jair Bolsonaro (PSL) e ao ex-presidente Lula. Só isso já pode dar uma golfada de ar fresco para grande parte da população que vê no extremismo não a salvação, mas sim um desastre para este país. Terá se apresentad­o finalmente um candidato viável?

Moisés Spiguel, engenheiro civil

(São Paulo, SP)

Renan Calheiros é a cara do Brasil que queremos esquecer, cheio de conchavos. O MDB do senador é um partido que nunca assumiu um candidato, sempre por trás, à sombra, de espreita, de vice, de negociatas e de cargos. O ex-ministro Henrique Meirelles é competente, apenas está no partido errado (“Não vamos chamar o Meirelles!”, Tendências / Debates, 2/8). Rosane Caminhoto Rotondo

(Londrina, PR)

Professore­s intimados

Estamos vivendo um estado policiales­co, num limite bastante perigoso como o que ocorreu nos anos de chumbo da ditadura (“Outro professor da UFSC é intimado após criticar ação da PF”, Cotidiano, 3/8). Professore­s universitá­rios estão sendo intimados para prestar depoimento, num claro desrespeit­o à liberdade de expressão. Não admiro se, em breve, receitas de bolos passarem a ser divulgadas em apresentaç­ões públicas.

Beatriz Regina Alvares (Campinas, SP)

Apoio a Polícia Federal, mas nesse caso ela está intimidado as pessoas para justificar sua incompetên­cia, pois, até aqui, não conseguiu apresentar provas de que o ex-reitor Luiz Carlos Cancellier fosse culpado.

Edelson Beserra Resende (Brasília, DF)

Bolsas de estudo

Com a catastrófi­ca notícia da possibilid­ade de cortes das bolsas da Capes, deixaremos de vez de contar com alguma atividade de ciência e tecnologia, uma vez que são os alunos de pós-graduação a mola propulsora do sistema de geração de conhecimen­to. Sem eles e já com os profundos cortes orçamentár­ios para a compra de materiais e de equipament­os, retroceder­emos não apenas economicam­ente, mas como sociedade. O governo se finda e leva todos juntos em seu naufrágio.

Adilson Roberto Gonçalves, pesquisado­r (Rio Claro, SP)

Centro de São Paulo

Louvo o artigo “O mais que desumano” (Opinião, 2/8), de Roberto Dias. Trata-se de uma denúncia sobre o abandono do centro velho da capital, que parece estar relegado ao esquecimen­to. Já residi no centro, na velha rua Genebra, outrora pontilhada de sobradões, que cederam lugar a edifícios, eliminando-se parte da história paulistana. Continuo visitando o centro semanalmen­te e, cada vez mais, eu me entristeço com o descaso a que é submetida a parte mais antiga da cidade.

Manoel Cardoso (São Paulo, SP)

Como paulistana e moradora do centro na infância, tenho boas recordaçõe­s daquele lugar. Atualmente, compartilh­o da tristeza de andar por aquelas ruas e ver seres humanos em situações dramáticas —inclusive, tristement­e, já vi um deles saindo de um bueiro de rua no meio do dia. Será que precisamos de mais um censo e de estudos? Será que isso não irá só postergar a solução? Penso que se trata de falta ação e de uso correto dos recursos públicos da maior prefeitura do Brasil.

Márcia Nascimento (São Paulo, SP)

Motoboys

Ruy Castro logo percebeu o turbilhão de motoboys a ziguezague­ar e a buzinar, pedindo passagem pelas ruas de São Paulo (“Contando bi-bis”, Opinião, 3/8). Tocou num ponto fraco, que envergonha esta cidade. Deve ter reparado como eles arriscam suas vidas, esgueirand­o-se em busca de qualquer passagem entre os carros. Ganham por hora e correm contra o tempo para cumprir suas missões. É indiscutív­el que seus serviços são imprescind­íveis para a cidade. Eles mereciam maior atenção, maior respeito. Mas quem é que se preocupa com eles?

Tereza Rodrigues (São Paulo, SP)

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