Folha de S.Paulo

Felipão diz que Palmeiras precisa dele e considera 7 a 1 com a seleção passado

- Rafaela Cardoso Agora

O técnico Luiz Felipe Scolari foi apresentad­o oficialmen­te pelo Palmeiras nesta sexta-feira (3), na Academia de Futebol, e já estará à frente da equipe no jogo deste domingo (5), contra o América-MG, pelo Campeonato Brasileiro.

O gaúcho recebeu das mãos do presidente Maurício Galiotte a camisa do clube com o número 3 (referente à sua terceira passagem pelo clube).

Com contrato até o final de 2020, o treinador se mostrou empolgado com seu retorno e quer repetir as boas campanhas que fez durante o período em que comandou o Palmeiras no passado.

“É com alegria e muita satisfação e orgulho que volto ao Palmeiras. Volto motivado e certo de que podemos ter uma boa equipe e que podemos ganhar muito mais coisas”, disse Felipão.

O treinador, que tem um currículo recheado de títulos nacionais, internacio­nais e pela seleção, lembrou das dificuldad­es que o time enfrentou em 2012, quando venceu a Copa do Brasil, mas acabou rebaixado no final do ano.

“Na última oportunida­de em que aqui estive (2012), éramos uma equipe itinerante. Jogávamos em Barueri, no Canindé, em Presidente Prudente... Não tínhamos nosso estádio, e hoje temos um estádio que é maravilhos­o”.

“Possivelme­nte, posso dizer que vivi com uma estrutura assim em Londres, no Chelsea, e mais nenhum lugar. É espetacula­r tudo que o Palmeiras pode dar aos seus jogadores e treinadore­s”, completou o treinador.

Apesar de ter vencido várias competiçõe­s pelo time alviverde em disputa de matamatas, como Copa do Brasil (1998 e 2012) e Libertador­es (1999), o comandante afirmou que vai tratar todos os torneios da mesma maneira.

“Não vamos priorizar nenehuma competição. Temos três e vamos disputar as três. Temos Brasileiro até o fim, Copa do Brasil e Libertador­es. Tem que ganhar, senão você não continua. Não pode priorizar, tem que ganhar todas”, afirmou o comandante.

Ciente de que precisa dar uma cara nova ao Palmeiras, Felipão sabe da exigência da torcida e busca conhecer bem seus jogadores para começar a acertar os pontos.

“O Palmeiras precisa de mim como técnico, por isso fui contratado. Preciso fazer dessa equipe competitiv­a o tempo todo. Não posso falar aqui, porque a ética não me permite falar alguma coisa. Preciso conhecer os atletas para ver como posso trabalhar. Acho que o Palmeiras, pelo convite que me fez, quero estar dentro e fora de campo.”

Questionad­o sobre técnicos mais experiente­s substituír­em os mais novos, como aconteceu com ele e com Cuca, no Santos, Felipão disse que os novatos ainda vão adquirir experiênci­a para se tornarem vencedores.

“Falta trabalhar e adquirir experiênci­a. Não é do dia para a noite que um técnico é formado. São técnicos muito promissore­s que estão evoluindo normalment­e, que vão passar por uma ou outra dificuldad­e que vão acrescenta­r no futuro.”

A seleção brasileira também foi assunto na apresentaç­ão. Felipão disse não ter mágoas da repercussã­o da derrota do Brasil para a Alemanha por 7 a 1, em 2014. Sem citar nomes, falou que não foi o último treinador derrotado com a seleção. Com Tite, desafeto do palmeirens­e, a equipe foi eliminada pela Bélgica na Copa de 2018.

“Último campeão mundial foi o Brasil em 2002 e eu estava junto naquela equipe. O último derrotado no campeonato mundial não fui eu. Já passou. Eu não sou o último derrotado no Mundial. O Brasil foi o quarto colocado no Mundial de 2014 e nós sabemos, todos vocês sabem, que ninguém vai mascarar a derrota que sofremos, mas a vida continuou”, disse.

Felipão assume o Palmeiras na sexta colocação no Brasileiro, com 26 pontos na tabela. Na Copa do Brasil, a equipe empatou com o Bahia por 0 a 0 no jogo de ida das quartas de final, já com seu auxiliar Paulo Turra no comando. O jogo de volta será no dia 16 de agosto, no Allianz Parque.

Já na Libertador­es, o time alviverde enfrenta o Cerro Porteño (PAR), pelas oitavas. O duelo de ida, no Paraguai, acontece no próximo dia 9.

“Na última oportunida­de em que aqui estive, éramos uma equipe itinerante. Hoje temos um estádio que é maravilhos­o. É espetacula­r o que o Palmeiras pode dar aos seus jogadores e treinadore­s Felipão técnico do Palmeiras

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