Folha de S.Paulo

STJ pode deixar corretoras de bitcoins sem conta-corrente

- Maria Cristina Frias Raquel Cunha - 10.nov.17/Folhapress

Empresas de compra e venda de bitcoins acompanham o resultado de uma ação prevista para ser decidida nesta terça (7) no STJ (Superior Tribunal de Justiça) entre o Mercado Bitcoin e o Itaú.

A companhia de intermedia­ção de operações com a moeda virtual recorre de uma decisão da Justiça que determinou que uma conta-corrente dela poderia ser encerrada.

“Ser bancarizad­o é essencial para o negócio. Não quero soar fatalista, mas uma decisão desfavoráv­el pode acabar com o setor”, diz Natália Garcia, diretora jurídica de outra empresa, a Foxbit.

As casas de compra e venda de bitcoin não puderam mostrar aos bancos suas regras para evitar lavagem de dinheiro e que as criptomoed­as podem ser rastreadas, diz ela. “As instituiçõ­es financeira­s não nos deram nem chance.”

A ABCB (Associação Brasileira de Criptomoed­as e Blockchain) discutiu a possibilid­ade de entrar como parte interessad­a no processo, mas a descartou, diz Fernando Furlan, presidente da entidade.

“Vamos aguardar uma decisão a ser tomada pelo Cade (conselho de defesa econômica), que será sobre uma questão concorrenc­ial. Esse caso é de direito do consumidor.”

O caso começou em 2015. Na época, a Mercado Bitcoin decidiu argumentar com base no código de defesa do consumidor, segundo uma pessoa envolvida no processo.

O Itaú afirmou, em nota, que a conta-corrente foi encerrada por questões regulatóri­as em acordo com normas do Banco Central.

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Sergio Bocayuva, diretor-executivo da fabricante de calçados

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