Folha de S.Paulo

Mimos de luxo para cães vão de consultori­a de pelo a plásticas

- Peter Haldeman The New York Times

O pug Miles tinha cinco meses e tentava cruzar com tudo aquilo em que conseguia colocar suas patas. “Nós vamos dar um jeito nisso logo”, diziam os donos, como um mantra. Um dia, eles descobrira­m o Neuticles, testículos prostético­s para animais. O boxer de Kim Kardashian, por exemplo, é um cliente.

Desde 1995, mais de 500 mil animais já receberam a prótese após a castração, afirma o inventor Gregg Miller. Para ele, a prótese faz com que “os animais mantenham sua dignidade e autoestima”.

Em 2017, americanos gastaram US$ 69,5 bilhões (R$ 257 bilhões) com seus bichinhos. Comidinhas e de veterinári­o são só a ponta do iceberg.

Sabe a preocupaçã­o de algumas pessoas com a aparência, levando-as à mesa de cirurgia? Estima-se que os “pais de animais” gastaram US$ 62 milhões (R$ 229 milhões) em cirurgias plásticas com os bichos. Isso inclui abdominopl­astia e plásticas no nariz, sobrancelh­as e queixo.

Os animais hoje têm muitas formas de se expressar: cães podem ter sua pelagem colorida, alisada ou ondulada. Podem até receber penteados moicanos. “Agora o asian fusion é a moda”, diz Jorge Bendersky, especialis­ta em cuidados para cachorros, sobre um estilo de corte desenvolvi­do no Japão.

Bendersky cobra US$ 300 (R$ 1.120) a hora para atender clientes como Rita, a yorkshire-terrier de Gisele Bündchen.

“É um corte que é bem curto no corpo e muito longe nas patas, como um estilo de calça boca-de-sino, o que lhes dá o oportunida­de de usar vestidos, uma blusa ou um colar sem atrapalhar o corte.”

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