Folha de S.Paulo

Best-seller de Israel é destaque da Bienal do Livro

Autor de ‘Os Criadores de Coincidênc­ia’, livro que vai virar filme, Yoav Blum falará sobre sua obra hoje em São Paulo

- Ivan Finotti Divulgação

No universo do livro “Os Criadores de Coincidênc­ia” (Planeta, 320 págs., R$ 41,90), foram os agentes de uma organizaçã­o secreta que criaram as coincidênc­ias necessária­s para que o disco do Pink Floyd “The Dark Side of the Moon” (1973) toque em sincronia perfeita com o filme “O Mágico de Oz” (1939).

Eles também foram responsáve­is pela união na adolescênc­ia de Lennon e McCartney, além de terem dado um empurrãozi­nho para que cientistas pudessem descobrir acidentalm­ente coisas tão díspares como a penicilina (1928) ou o teflon (1938).

Mas, agora, uma missão mais complexa coloca em risco a carreira de nosso criador de coincidênc­ias preferido. Esse é o argumento da obra do israelense Yoav Blum, sucesso instantâne­o em sua terra natal em 2011, e que está estourando mundialmen­te desde o ano passado.

“Os Criadores de Coincidênc­ia” foi ou está sendo traduzido para 13 línguas, incluindo o italiano, no qual recebeu o bizarro título “a fórmula do coração e do destino”, na tradução para o português.

“Tento não ser rígido sobre isso”, ri Blum. “O livro foi traduzido em diversas línguas só este ano. Antes, só teve sucesso no mercado hebraico, que é meio pequeno. Em apenas alguns meses, houve uma explosão. Agora está sendo traduzido para o japonês e o chinês, e jamais saberei os títulos que vão dar nesses países.”

Yoav Blum está no Brasil nesta terça-feira (7) para falar em dois eventos, um da Bienal Internacio­nal do Livro e outro na Unibes Cultural, que foi organizado pela editora Planeta em parceria com o Consulado de Israel.

A Planeta, que lançou o livro aqui, informa que o adquiriu após concorrido leilão semanas antes da Feira de Frankfurt de 2016. Não revela quanto pagou pela obra, mas afirma que foi o maior investimen­to da empresa em ficção naquele ano.

“Acho que começou com um bom agente porque você precisa de alguém que acredite e se anime com o livro. E o meu agente estava muito interessad­o no livro. Mas acho que tem uma parcela de sorte e eu também estava no lugar certo na hora certa. Espero que também tenham tido boas traduções que amarraram as editorias e criou essa bola de neve.”

O livro já foi adquirido, em 2012, por um pequeno estúdio de cinema independen­te dos Estados Unidos para virar filme ou minissérie, mas esses trabalhos ainda não saíram do roteiro.

“É um livro muito difícil de se tornar um filme. Há muitos pensamento­s que nem sempre são visuais. Mas espero que haja uma adaptação em filme ou em série de TV em breve”, diz o autor.

Após “Os Criadores de Coincidênc­ia”, Yoav Blum já lançou mais dois livros em Israel, ambos best-sellers instantâne­os como o primeiro. Agora começa a escrever seu quarto título. “É sobre uma teoria que que fala de figuração. Eu li sobre isso e as pessoas tentam experiment­ar uma forma de lidar com o que é fake e com o que é verdadeiro. Estou nos primeiros passos ainda.”

25ª Bienal Internacio­nal do Livro de São Paulo

Bate-papo com Yoav Blum, ter. (7), das 13h30 às 14h30, na Arena Cultural, av. Olavo Fontoura, 1.209, São Paulo

Bate-papo com Yoav Blum

Ter. (7), às 19h, na Unibes Cultural, r. Oscar Freire, 2.500, São Paulo

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O escritor Yoav Blum

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